(Melpomenem/Thinkstock)
Júlia Lewgoy
Publicado em 23 de fevereiro de 2019 às 05h00.
Última atualização em 23 de fevereiro de 2019 às 05h00.
Pergunta do leitor: "Posso investir no Tesouro Direto pelo banco ou é melhor escolher uma corretora?”
Resposta de Marcela Kawauti*:
Investir no Tesouro Direto pelo próprio banco tem a vantagem de ser mais prático, já que não é necessário fazer a transferência da quantia para a sua conta da corretora e só então comprar o título. Podemos dizer que você “pula” uma etapa do processo. Mas não basta levar apenas isso em conta. Pensando do ponto de vista dos seus rendimentos, para escolher a melhor opção, é importante analisar as taxas cobradas.
Sobre o valor de todo papel do Tesouro incide uma taxa de custódia de 0,25% ao ano, cobrada pela B3 para armazenar os títulos. Além dessa taxa, os bancos ou corretoras responsáveis por intermediar a compra dos papéis com o Tesouro – chamados de agentes de custódia – muitas vezes cobram uma taxa de administração sobre os seus rendimentos para realizar essa intermediação.
No site do Tesouro Direto, há uma lista com todos os agentes de custódia habilitados a negociar os papéis e um ranking com as respectivas taxas de administração cobradas. Atualmente, boa parte dessas instituições financeiras cobra taxa zero.
Como a lista disponível no site do Tesouro Direto mostra apenas as instituições que são autorizadas pela CVM e pelo Banco Central, ao consultá-la, você garante também que está alocando seus recursos em uma instituição séria, e consegue se proteger de fraudes ou golpes. Por fim, vale o lembrete de ficar de olho no prazo para o repasse de recursos que seu agente de custódia adota, ou seja, em quanto tempo leva para o dinheiro cair na sua conta em caso de venda ou vencimento do título.
*Marcela Kawauti é economista-chefe do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e colabora com o portal Meu Bolso Feliz.
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