Fundos imobiliários dependem da demanda das empresas em crescimento (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2012 às 15h49.
Dúvida do internauta: Tenho o interesse de investir em fundos imobiliários, porém não sei como analisar os fundos disponíveis e escolher em qual fundo aplicar. Gostaria de saber o que mais interfere nos rendimentos dos fundos imobiliários: economia nacional, internacional, valor dos aluguéis? Estamos em um momento em que os imóveis estão supervalorizados - se houver uma queda no valor dos imóveis, os fundos sofrem alguma desvalorização? Tenho quatias investidas em Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e ações. Onde seria interessante investir agora? (Décio)
Resposta de Arthur Vieira de Moraes*:
O que move os fundos imobiliários é a economia nacional. Enquanto houver expansão haverá investimentos, empresas crescendo e novas empresas se instalando no Brasil. Para desenvolver suas atividades precisarão de imóveis (escritórios, fábricas, centros de distribuição, lojas etc), principalmente nas grandes capitais.
Em épocas de recessão o movimento é contrário, umas empresas diminuem, outras encerram atividades e devolvem imóveis aos locadores.
Esses movimentos da economia também influenciam os aluguéis. Quando a demanda é grande, os preços dos aluguéis sobem, até que novos imóveis sejam construídos, equilibrando a relação entre oferta e procura.
Em tempos de crise a procura diminui, imóveis ficam vagos, o valor dos aluguéis cai.
Sobre uma eventual queda no preço dos imóveis, os fundos tenderiam a desvalorizar por dois motivos:
1 – O valor patrimonial dos fundos diminuiria.
2 – Os aluguéis tenderiam a ser reajustados para baixo, o que diminuiria o valor dos rendimentos distribuídos.
Mas note que a dinâmica de preços do mercado de imóveis corporativos não é igual à dos imóveis residenciais. Alguns fundos imobiliários exploram a incorporação de imóveis residenciais, mas a grande maioria investe em empreendimentos comercias de grande porte.
O senhor já possui renda fixa e ações. Fundos imobiliários podem ser uma alternativa para incrementar a diversificação do seu portfólio de investimentos. Sugiro que procure um profissional para embasar melhor a sua decisão.
*Arthur Vieira de Moraes é advogado, agente autônomo de investimentos e membro orientador do Instituto Nacional de Investidores (INI). Tem 34 anos e atua profissionalmente no mercado de capitais desde 1999.
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