Liberdade: Especialista explica que soluções para as dívidas são mais fáceis do que a maioria pensa (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2012 às 12h00.
Dúvida do internauta: Eu tenho 25 anos e preciso de ajuda. Estou totalmente enrolado com meu orçamento. Não tenho gastos com moradia e alimentação e meu dinheiro poderia ser totalmente destinado para as minhas finanças, mas, mesmo assim, acabei me endividando. Tenho dívida com o banco e com algumas lojas. Como faço para resolver isso e negociar com o banco minha dívida?
Resposta de Cássia D'Aquino*:
Quando a gente se preocupa o tempo todo em encontrar solução para o cheque especial com limite estourado ou para o pagamento dos juros do cartão de crédito, sobra pouca disposição para achar que a vida tem alguma graça.
Mas a solução para problemas deste tipo podem ser mais fáceis de resolver do que a maioria das pessoas pensa. Basta um pouco de organização e força de vontade.
1- Qual é o tamanho do problema?
O primeiro passo para ver a vida financeira entrando nos trilhos é reservar algum tempo para analisar a situação. Reunir os carnês, faturas do cartão de crédito e comprovantes de outros tipos de dívidas. É importante não esquecer dos pré-datados nem das dívidas feitas com amigos e familiares.
2- Preparar-se para algum sacrifício
É preciso ser realista: vencer as dívidas não é fácil. Principalmente se o rombo nas contas for muito grande. Cortes terão que ser feitos, não há outra solução.
3- Ter prioridades
Depois de descobrir o quanto se deve e a quem se deve, chega o momento de priorizar os débitos. Para isso é preciso separar as dívidas que são mais importantes. Em primeiro lugar, devem ser pagas aquelas dívidas cujos serviços estão para ser cortados. Em seguida, devem ser pagas as dívidas mais caras, ou seja, aquelas que cobram juros mais altos. Até que todas as dívidas estejam quitadas, este procedimento não pode sair de cena
3- Negociar é preciso
É importante fazer uma proposta para cada tipo de dívida, com base nas condições concretas de pagamento. Não se deve esquecer que os credores estão interessados em receber o dinheiro e estarão dispostos a entrar em um acordo.
4- Limpar o nome
Se as dívidas acabaram “sujando” seu nome no mercado, não se demore em regularizar sua situação. Entre em contato com os serviços de proteção ao crédito (SCPC, Serasa) e descubra como proceder para livrar-se desse problema.
*Cássia D’Aquino é autora de diversos livros sobre educação financeira e consultora em projetos do Banco Central, Banco Nacional de Angola, BM&FBovespa, Febraban e United States Agency for International Development (USAID).
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