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Dívida de R$ 1 mil no cartão chega a R$ 7 mil em um ano

Simulação da Proteste compara custos de 36 cartões no crédito rotativo e mostra que juros e encargos podem chegar a 748,67% ao ano


	Levantamento da Proteste compara custos de 36 cartões no crédito rotativo e mostra que juros e encargos podem atingir até 748,67% ao ano
 (AndreyPopov/Thinkstock)

Levantamento da Proteste compara custos de 36 cartões no crédito rotativo e mostra que juros e encargos podem atingir até 748,67% ao ano (AndreyPopov/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2015 às 14h40.

São Paulo - Caso não pague o valor total da fatura do cartão de crédito e deixe essa dívida rolar por um ano, o consumidor pode ter de pagar até 748,67% em juros e encargos sobre o valor do débito. É o que aponta um levantamento feito pela associação de consumidores Proteste, com 36 cartões.

A pesquisa comparou o Custo Efetivo Total (CET) do crédito rotativo em cada cartão no período de um ano. O CET inclui, além dos juros, todas as despesas incluídas no empréstimo, como taxas administrativas e impostos. "Essa é a melhor forma de comparar os custos de cada empréstimo", diz Renata Pedro, técnica da Proteste responsável pela pesquisa.

O porcentual máximo, de 748,67% ao ano, é cobrado no Hipercard, do banco Itaú. Portadores do cartão que tenham de quitar uma fatura no valor de 1 mil reais e optem por pagar apenas 20% do valor, por exemplo, irão acumular uma dívida de quase 7 mil reais em um ano. 

Renata diz que cartões mais acessíveis, que não cobram anuidade ou não exigem que o usuário tenha uma renda mais alta, costumam cobrar juros maiores como forma de se proteger contra os riscos de inadimplência. "Enquanto esses cartões podem ser uma boa opção para quem consegue manter o pagamento de suas contas em dia, podem ser a pior saída para consumidores que costumam se atolar em dívidas". 

Veja abaixo quais cartões cobram mais juros e encargos no crédito rotativo entre os 36 pesquisados pela Proteste:

Cartão Banco Emissor CET ao ano
Hipercard Itaú 748,67%
Free Santander 725,32%
Reward Santander 628,02%
Nacional Banco Pan 628,02%
Gold Banco Pan 628,02%
Ibicard Nacional Banco Ibi 617,34%
Banco Votorantim Gold BV Financeira 590,78%
Bradesco International Bradesco 492,99%
Bradesco Gold Bradesco 492,99%
American Express Green Bradesco 487,49%
Aadvantage Gold Citibank 456,98%
Diners Club Internacional Citibank 456,98%
Credicard Clássico International Credicard 433,91%
Banco Votorantim Internacional BV Financeira 432,24%
American Express Gold Credit Bradesco 429,47%
Credicard Clássico Gold Credicard 428,92%
Itaucard Platinum Itaú 423,57%
Citi Clássico Gold Citibank 407,77%
Citi Cash Back International Citibank 407,77%
Aadvantage Platinum Citibank 407,77%
Gold Card HSBC 400,00%
Losango Losango 381,79%
Ourocard Gold Banco do Brasil 314,51%
Ourocard International Banco do Brasil 314,51%
Banrisul Master Standard Banrisul 310,99%
Itaú Múltiplo Gold Itaú 306,63%
Platinum Visa HSBC 289,97%
Caixa Gold Turismo Caixa Econômica Federal 280,78%
Banrisul Visa Gold Banrisul 277,26%
Itaucard 2.0 Internacional Itaú 253,88%
Turismo Caixa Internacional Caixa Econômica Federal 249,47%
Ibicard Internacional Banco Ibi 235,25%
Platinum Visa ou Master Caixa Econômica Federal 220,06%
Ourocard Platinum Banco do Brasil 209,76%
Bradesco Platinum Bradesco 193,91%
Itaucard 2.0 Nacional Itaú 100,99%

Fonte: Proteste

Parcelamento da fatura e saque no cartão

A Proteste também verificou quanto o consumidor pode pagar em juros e encargos caso realize saques com o cartão de crédito. Os cartões Santander Free, Santander Gold, Santander Internacional e Santander Flex registraram o maior CET nesta operação, de cerca de 1.020% ao ano. 

Caso o consumidor opte pelo parcelamento da fatura, função oferecida em alguns cartões, e deixe o débito rolar por um ano, pode ter de pagar até 392,87% de juros e encargos. Esse porcentual máximo é cobrado no cartão Ibicard Nacional, do Banco Ibi.

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