Minhas Finanças

Desconto médio em preço de imóveis é recorde em 2015

Com isso, em dezembro, apenas 22,1% das compras reportadas nos 12 meses anteriores foram realizadas pelo preço originalmente pedido pelo vendedor


	Imóveis: o indicador vem subindo desde março de 2015, quando estava em 6,8%. Já em dezembro de 2014, o desconto médio estava em 6,9%
 (thinkstock)

Imóveis: o indicador vem subindo desde março de 2015, quando estava em 6,8%. Já em dezembro de 2014, o desconto médio estava em 6,9% (thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 11h35.

São Paulo - O desconto médio praticado nas transações imobiliárias realizadas nos últimos 12 meses atingiu a marca de 8,8% ao fim de 2015, o maior patamar já registrado na série histórica do Raio-X FipeZap. 

O indicador vem subindo desde março de 2015, quando estava em 6,8%. Já em dezembro de 2014, o desconto médio estava em 6,9%.

Desde fevereiro de 2015, também cresceram as transações com desconto.

Com isso, em dezembro, apenas 22,1% das compras reportadas nos 12 meses anteriores foram realizadas pelo preço originalmente pedido pelo vendedor.

Em outras palavras, o preço de venda foi menor do que o anunciado em 77,9% das transações. Já em igual mês de 2014, o indicador estava em 70,8%.

Os resultados da pesquisa reforçaram a expectativa de queda futura dos preços.

Cerca de 58% dos entrevistados que pretendem adquirir um imóvel declararam que aguardam redução nos preços ao longo de 2016.

Na pesquisa do terceiro trimestre, o resultado estava em 61%. A variação média esperada dos preços para os próximos 12 meses passou a ser de baixa de 7,3% no quarto trimestre de 2015, frente expectativa de queda de 7,2% nos três meses anteriores.

A perspectiva de que os preços devem ficar iguais ficou em 24% dos entrevistados, de 23% na comparação trimestral, enquanto a ideia de que os preços devem aumentar avançou para 18%, de 15%.

Vale ressaltar que, nos três meses finais de 2014, 44% apontavam queda de preços, 30% acreditavam numa estabilidade de valores e 26% projetavam elevação.

A percepção sobre os preços começa a afetar também as perspectivas de longo prazo do setor, segundo a pesquisa.

Quando perguntados sobre as expectativas para os próximos 10 anos, apenas 30% dos que pretendem adquirir um imóvel declararam aguardar um crescimento dos preços acima da inflação. Este foi o menor patamar já verificado no Raio-X FipeZap.

Apesar disso, a maior parte ainda qualifica os preços atuais como "altos" ou "muito altos": 78% dos que responderam pretender adquirir um imóvel nos próximos meses classificaram suas percepções em uma dessas categorias.

No terceiro trimestre, o resultado estava em 76%. Entre aqueles que adquiriram imóveis, o porcentual de entrevistados que classificaram os preços nas duas categorias passou para 64% no quarto trimestre, de 58% no terceiro.

A intenção de compra de imóveis subiu para 43% no quarto trimestre de 2015, frente a 40% nos três meses até setembro, quando registrou o menor patamar já registrado pela pesquisa Raio-X FipeZap, cuja série histórica teve início no quarto trimestre de 2013.

Em igual período do ano passado, o indicador estava em 48%.

Mesmo diante desses resultados, cabe notar que o porcentual de investidores no mercado imobiliário residencial permaneceu praticamente constante ao longo do quarto trimestre de 2015, respondendo por cerca de 40% no acumulado em 12 meses.

Para a pesquisa foram entrevistados 2.820 pessoas entre os dias 7 e 27 de janeiro.

Acompanhe tudo sobre:ImobiliáriasImóveisPreços

Mais de Minhas Finanças

Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 3,5 milhões nesta quarta-feira

Fila do INSS sobe e chega a quase 1,8 milhão; aumento em três meses é de 33%

Mega da Virada 2024 inicia apostas com prêmio recorde de R$ 600 milhões

Influenciadoras de Wall Street: como elas estão democratizando as finanças pessoais