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Conheça os 5 golpes digitais mais comuns e saiba como se proteger

A Federação Brasileira de Bancos realiza, nesta semana, uma ação de conscientização para orientar sobre como se prevenir dos principais golpes e fraudes digitais

Golpe no WhatsApp: golpistas descobrem o número do celular e o nome da vítima de quem pretendem clonar a conta (LightRocket/Getty Images)

Golpe no WhatsApp: golpistas descobrem o número do celular e o nome da vítima de quem pretendem clonar a conta (LightRocket/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2022 às 14h54.

Última atualização em 25 de outubro de 2022 às 15h50.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e mais 26 bancos associados realizam até sexta-feira, 28 de outubro, a Semana da Segurança Digital, que tem o objetivo de promover a conscientização sobre o uso dos canais digitais de forma segura, orientando sobre como se prevenir dos principais golpes e fraudes digitais que tanto dão dor de cabeça aos consumidores e geram prejuízos financeiros.

Durante este período, os participantes divulgarão dicas de como se prevenir dos principais golpes e fraudes digitais. Durante a campanha, a entidade e os bancos irão interagir em suas mídias sociais com dicas e orientações para que as pessoas não caiam em golpes.

“A Febraban e seus bancos associados têm investido constantemente na comunicação com a população em geral com campanhas frequentes para orientar o cliente. É essencial criar uma forte cultura de proteção de dados no Brasil e ações de conscientização são fundamentais para fomentar a educação digital em nosso país”, afirma Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.

5 principais golpes

Veja abaixo os 5 principais golpes que são aplicados:

Golpe da Falsa Central de Atendimento

O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual ela tem um relacionamento ativo. Informa que sua conta foi invadida, clonada ou outro problema e, a partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima. E até mesmo pede para que ela ligue na central do banco, no número que aparece atrás do seu cartão, mas o fraudador continua na linha para simular o atendimento da central e pedir os dados da sua conta, dos seus cartões e, principalmente, a sua senha quando você a digitar. Há também abordagens em que o fraudador orienta o cliente a “estornar” uma transferência ou pagamento, fazer uma transferência para uma conta “segura” a fim de proteger seus recursos ou realizar um teste para checar se a conta está ativa.

Como evitar:  Se receber esse tipo de contato, desconfie na hora. Desligue e entre em contato com a instituição por meio dos canais oficiais, de preferência usando o celular ou aplicativos móveis, para saber se algo aconteceu mesmo com sua conta. O banco nunca liga para o cliente pedindo senha nem o número do cartão e também nunca liga para pedir para realizar uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.

Golpe no WhatsApp

Os golpistas descobrem o número do celular e o nome da vítima de quem pretendem clonar a conta de WhatsApp. Com essas informações em mãos, os criminosos tentam cadastrar o WhatsApp da vítima nos aparelhos deles. Para concluir a operação, é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo.

Os fraudadores enviam uma mensagem pelo WhatsApp fingindo ser do Serviço de Atendimento ao Cliente do site de vendas ou da empresa em que a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular, têm acesso a todo o histórico de conversas e contatos. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos, passando-se pela pessoa, pedindo dinheiro emprestado.

Desconfie de pessoas pedindo dinheiro ou seus dados por aplicativos de mensagens. Geralmente os golpistas apelam para alguma urgência falsa e pedem depósitos e transferências via Pix para contas de terceiros ou então para pagar alguma conta.

Como evitar: primeiro, proteja o seu WhatsApp de invasões e clonagens. Nas configurações do aplicativo, clique em “Conta”, depois em “Confirmação em Duas Etapas” e ative essa funcionalidade de segurança com uma senha. Você diminui a chance de golpistas roubarem seu número. E nas configurações de privacidade, deixe a sua foto de perfil pública apenas para os seus contatos, assim ninguém a utiliza para golpes. Nunca compartilhe o código de segurança. E caso receba mensagens de parentes ou conhecidos pedindo dinheiro emprestado, confirme a identidade de quem está do outro lado.

Golpe do link falso/phishing

Um golpe em que normalmente ofertas muito atrativas chegam por e-mail ou redes sociais como iscas para que os usuários informem seus dados como número de CPF, conta, cartões e senhas. Essas mensagens também podem instalar vírus e aplicativos que roubam seus dados por meio de links maliciosos, permitindo os golpistas acessarem todas as suas contas.

Como evitar: Desconfie de mensagens que você não pediu ou aprovou, e de ofertas em que o desconto é tentador demais. Fique atento ao e-mail do remetente, empresas de grande porte não utilizam contas privadas como @gmail, @hotmail ou @terra e entidades públicas sempre usam @gov.br ou @org.br. Em caso de links, confira se o endereço da página corresponde ao correto. Em caso de dúvida, não clique.

Golpe com Boletos

Com a entrada em vigor da Plataforma Centralizada de Recebíveis (PCR), em 2017, todos os boletos emitidos precisam ser registrados antes de serem emitidos, o que mitigou um valor estimado de R$ 450 milhões em fraudes por ano. Entretanto, golpistas estão sempre em busca de novas formas de se aproveitarem dos consumidores e causar prejuízos, substituindo ou alterando boletos recebidos através de e-mail ou por correio, contendo dados de compras efetuadas ou mensalidades.

A Febraban orienta que é de extrema importância que as pessoas se mantenham alertas para evitar serem vítimas. Os fraudadores apostam na desatenção dos pagadores para aplicar golpes.

Como evitar: Quando for pagar o boleto, confira os dados do beneficiário, tais como CPF ou CNPJ do emissor, data de vencimento, valor, além do nome e número do CPF ou CNPJ do pagador. É muito importante checar se o nome que aparece como emissor do boleto confere com a empresa que você deseja realizar o pagamento.

Desconfie de e-mails recebidos com descontos no boleto. Não imprima os boletos - muitas quadrilhas usam vírus para adulterar os boletos. Ele muda os dados do boleto, como valor e a conta na qual o dinheiro será depositado, e entra em ação quando a pessoa imprime o boleto. Para evitar ser vítima desse tipo de golpe, a recomendação é solicitar que o emissor mande o arquivo no formato PDF.

Roubos de dados armazenados no celular

O fraudador entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco. Usa várias abordagens para enganar o cliente: informa que a conta foi invadida, clonada, que há movimentações suspeitas, entre outras artimanhas. E diz que vai enviar um link para a instalação de um aplicativo que irá solucionar o problema. Se o cliente instalar o aplicativo, o criminoso terá acesso a todos os dados que estão no celular.

A Febraban esclarece que os aplicativos dos bancos contam com o máximo de segurança em todas as suas etapas, desde o seu desenvolvimento até a sua utilização. Entretanto, os criminosos realizam pesquisas no aparelho buscando por senhas eventualmente armazenadas pelos próprios usuários em aplicativos e sites.

Como evitar: Não salve senhas em bloco de notas, elimine o histórico de mensagens no celular que contém senhas, não armazene fotos do cartão no celular. Não compartilhe sua senha com terceiros. Crie senhas fortes e não repita em outros apps. Também use o bloqueio de tela inicial, biometria facial/digital para acessar o celular e os apps e ative o bloqueio de tela.

Em caso de perda ou roubo do celular, entre em contato com o banco e faça o bloqueio da conta/canais/dispositivo. Registre um boletim de ocorrência e comunique sua operadora para o bloqueio da linha.

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