São Paulo - A partir desta terça-feira, dia 03, o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) que incide sobre a compra de dólares e outras moedas estrangeiras em espécie será elevado de 0,38% para 1,10%.
As compras de moedas realizadas nos cartões de crédito, débito ou nos cartões pré-pagos, permanecem com alíquota de 6,38%.
O aumento faz parte do decreto 8.731, de 30 de abril de 2016, que foi publicado no Diário Oficial desta segunda-feira (02). Além do aumento do imposto para compra de moedas estrangeiras, o decreto prevê outras medidas, como a aplicação de alíquota de 1% ao dia sobre operações compromissadas realizadas com debêntures por instituições financeiras.
Por meio de nota divulgada à imprensa, o Ministério da Fazenda afirmou que a medida deve elevar a arrecadação anual em 2,377 bilhões de reais.
Vale a pena correr para comprar a moeda hoje?
Para Bruna Xavier, diretora de operações da Graco Exchange, quem tem dinheiro em mãos e tem viagens marcadas para fora deve aproveitar para comprar a moeda estrangeira ainda hoje para fugir do aumento do imposto. "Se o viajante está com os valores em mãos, o ideal é garantir", diz.
Bruna acrescenta que a Graco Exchange manterá o IOF a 0,38% até o final desta semana, arcando com a diferença de custos, para que os clientes não fiquem desassistidos diante da mudança repentina.
Mesmo que o IOF passe a ser mais alto a partir desta terça, o imposto não deve ser o único critério levado em consideração para a decisão sobre o melhor momento para comprar a moeda.
Em matéria recentemente publicada por EXAME.com, diversos especialistas e economistas afirmaram que o dólar ainda pode cair mais com os desdobramentos do processo de impeachment.
Assim sendo, uma boa dica pode ser repartir a compra em diferentes datas, usando parte dos recursos para comprar a moeda ainda nesta segunda-feira, desfrutando do imposto menor, e outra parte para comprar a moeda depois e eventualmente aproveitar uma cotação menor do dólar, que ainda pode se desvalorizar se o processo de impeachment avançar (veja a agenda do impeachment no Senado).
A estratégia de fazer a conversão em diferentes datas é sempre recomendada por consultores financeiros porque ao formar uma cotação média, se algo inesperado ocorrer e a moeda norte-americana subir em vez de cair, por exemplo, o comprador evita o risco de precisar comprar a moeda de uma vez só a uma cotação desfavorável.
Compras em espécie ainda são mais vantajosas
Mesmo com o aumento do imposto, a compra de moeda em espécie ainda continua mais barata, já que o novo IOF de 1,1% ainda é bem inferior ao imposto de 6,38% que incide nas compras com cartões.
Contudo, apesar de ser mais cara, a compra da moeda por meio de cartões também tem algumas vantagens, conforme explica Bruna Xavier. "O uso do cartão pré-pago é vantajoso no sentido de maior segurança e praticidade, já que ele permite realizar recargas à distância e pode ser cancelado em caso de perda ou roubo, evitando prejuízos", diz.
Como o cartão é mais prático e seguro e a moeda em espécie é mais barata, especialistas recomendam comprar parte dos recursos em espécie e parte nos cartões pré-pagos.
Compare taxas ente diferentes corretoras
Uma dica essencial para economizar na compra de moedas estrangeiras é comparar as cotações e as taxas cobradas por diferentes casas de câmbio.
A comparação pode ser feita por meio de sites, como o MelhorCambio.com, ou ainda por meio da ferramenta Ranking do VET, do Banco Central. Ela mostra o Valor Efetivo Total (VET) da conversão de moedas entre diferentes casas de câmbio, preço que engloba a taxa de câmbio, as tarifas e os tributos incidentes sobre a conversão e permite observar o custo final da compra.
-
1. Preço justo na alta temporada
zoom_out_map
1/8 (Thinkstock/ Fly_dragonfly)
São Paulo – Você se sente extorquido quando aquele destino que você tanto desejava conhecer dobra os
preços bem na época em que seria possível visitá-lo, na alta temporada? Julho está logo aí e as
passagens para lugares como Gramado e Fortaleza já estão mais caras. Que tal fugir dessas cidades? O site
Quanto Custa Viajar listou, a pedido de EXAME.com, algumas alternativas de destinos cujos preços de hospedagem e passagem aérea permanecem estáveis em julho. Alguns deles são lugares menos famosos, porém igualmente interessantes. Também são destinos cuja graça é curtir a cidade a pé e não gastar muito com passeios e transporte. Para encontrar voos baratos, Amanda Santiago, editora do Quanto Custa Viajar, sugere acessar diariamente
sites que comparam os preços de passagens entre diferentes datas e companhias aéreas. Não dá para deixar essa tarefa para a última hora, pois quanto mais perto da viagem, mais caras estarão as passagens. “Para escolher a hospedagem, recomendamos usar o
Booking.com. Eles costumam fazer ótimas promoções e ainda é possível ver a reputação de cada hotel para tomar a decisão”, sugere Amanda. Em muitos museus e parques, a entrada é gratuita em alguns dias do mês. Em outros, os ingressos comprados pela internet são mais baratos. O negócio é ter paciência para pesquisar.
Confira a seguir seis dicas de destinos que não farão seu bolso sofrer tanto em julho.
-
2. São Luís
zoom_out_map
2/8 (XaviFerrando/Thinkstock)
Hospedagem para duas pessoas em hotel três estrelas, por sete dias: R$ 1.100,00 Passagens de ida e volta para uma pessoa (a partir de São Paulo): R$ 400,00 Por que vale a viagem, segundo o Quanto Custa Viajar: São Luís é bem mais barata do que outras capitais do
Nordeste na alta temporada, e tão quente e colorida quanto. Vários passeios na cidade de herança portuguesa são de graça: uma volta a pé pelo centro histórico, uma visita à Igreja da Sé e um dia na beira da praia, por exemplo. Outros custam dois reais, como o Teatro Arthur Azevedo, ou cinco reais, como o Museu Histórico e Artístico do Maranhão. Dá para comer muito bem em São Luís, inclusive frutos do mar, por 60 reais para duas pessoas. A dica é fugir dos restaurantes mais famosos, que são mais caros. Quem quiser esticar a viagem pode ir aos Lençóis Maranhenses, aquele cenário de dunas e lagoas que forma um deserto gigante, a cerca de 250 quilômetros de São Luís. Uma passagem de ônibus para Barreirinhas, um dos principais pontos dos lençóis, custa 45 reais, e uma diária em uma pousada da cidade sai a partir de 150 reais para duas pessoas, com café da manhã. Não é preciso pagar para entrar no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses e o passeio em jardineiras, aquelas caminhonetes adaptadas para levar turistas na carroceria, custa até 50 reais.
-
3. Curitiba
zoom_out_map
3/8 (Thinkstock/ Ziviani)
Hospedagem para duas pessoas em hotel três estrelas, por sete dias: R$ 1.065,00 Passagens de ida e volta para uma pessoa (a partir de São Paulo): R$ 160,00 Por que vale a viagem, segundo o Quanto Custa Viajar: Curitiba é uma capital organizada e bastante preparada para receber turistas, com várias opções de passeios que não doem no bolso. Em muitos lugares da cidade, a entrada é de graça, entre eles o Jardim Botânico e sua estufa, a Ópera de Arame e o Parque Tanguá. A entrada para o Museu Oscar Niemeyer, o “museu do olho”, custa 12 reais, e a subida na Torre Panorâmica sai por 5 reais. O transporte público funciona bem e a tarifa de ônibus custa 3,70 reais. Há também a Linha Turismo, que custa 40 reais e circula pelos principais pontos turísticos de Curitiba. Para embarcar, o viajante compra uma cartela com cinco tíquetes e tem direito a um embarque e quatro reembarques.
-
4. Cidade do México
zoom_out_map
4/8 (Thinkstock/123455543)
Hospedagem para duas pessoas em hotel três estrelas, por sete dias: R$ 582,00 Passagens de ida e volta para uma pessoa (a partir de São Paulo): R$ 1.215,00 Por que vale a viagem, segundo o Quanto Custa Viajar: A cotação do peso mexicano está super favorável para brasileiros (um real equivale a quase cinco pesos mexicanos, segundo o
Banco Central) e, em geral, tudo no
México soa barato para nós. É melhor levar o dinheiro em real e trocar pela moeda local por lá. A alimentação na
Cidade do México é uma pechincha – por dez reais, é possível comer um lanche gostoso – e o transporte público também – a passagem de ônibus e metrô custa 6 pesos mexicanos, pouco mais de um real. Para um destino internacional, as atrações turísticas também são baratas. A entrada para o Templo Mayor, museu de um dos principais templos dos astecas, custa 65 pesos mexicanos (cerca de 13 reais). O ingresso para o Museu Frida Kahlo sai por 120 pesos mexicanos (cerca de 24 reais), mesmo preço do tíquete para o Palácio Nacional.
-
5. Bariloche
zoom_out_map
5/8 (Thinkstock/ ElenaMirage)
Hospedagem para duas pessoas em hotel três estrelas, por sete dias: R$ 1.800,00 Passagens de ida e volta para uma pessoa (a partir de São Paulo): R$ 1.229,00 Por que vale a viagem, segundo o Quanto Custa Viajar: Bariloche é uma ótima opção para quem só pode curtir a neve em pesos argentinos, não em
dólar nos
Estados Unidos ou em
euro na
Europa, já que 1 real vale 4 pesos argentinos, segundo o Banco Central. O governo
Macri e o Fundo Monetário Internacional (
FMI) preveem queda da
inflação no país hermano, o que significa que os preços por lá estarão mais amigáveis para brasileiros em julho. É mais barato se hospedar a alguns quilômetros do centro de Bariloche e da estação de esqui. O preço do transporte público compensa – a tarifa de ônibus custa 8 pesos argentinos (cerca de 1,60 real). Você pode passear pelo centro da cidade, conhecer a Catedral de San Carlos de Bariloche e visitar o Parque Nacional Nahuel Huapi sem gastar nada. A entrada para a principal estação de esqui, o Cerro Catedral Ski Resort, custa 280 pesos argentinos (cerca de 70 reais), e a visita ao teleférico do Cerro Campanário, 150 pesos argentinos (cerca de 38 reais).
-
6. Buenos Aires
zoom_out_map
6/8 (Thinkstock/ DC_Colombia)
Hospedagem para duas pessoas em hotel três estrelas, por sete dias: R$ 1.257,00 Passagens de ida e volta para uma pessoa (a partir de São Paulo): R$ 532,00 Por que vale a viagem, segundo o Quanto Custa Viajar: É mais barato ir para
Buenos Aires nas férias de inverno do que nas de verão e a viagem sai bem mais em conta do que ir para a Europa. Custos com alimentação e transporte na capital argentina são parecidos com os das grandes cidades brasileiras e, como a economia do país tende a se estabilizar, o momento é favorável para turistas. É melhor comprar pesos argentinos ainda no Brasil, pois as casas de câmbio na Argentina costumam cobrar caro. O charme de Buenos Aires é passear pelas ruas e pelos cafés, o que torna a viagem mais acessível. A visita guiada ao Teatro Colón custa 200 pesos argentinos (cerca de 50 reais) e o tour mais completo no estádio La Bombonera sai por 150 pesos argentinos (cerca de 37 reais). A entrada para o zoológico custa 190 pesos argentinos (cerca de 47 reais).
-
7. Montevidéu
zoom_out_map
7/8 (jwanma/Thinkstock)
Hospedagem para dois em hotel três estrelas, por sete dias: R$ 1.320,00 Passagens de ida e volta para um (a partir de São Paulo): R$ 437,00 Por que vale a viagem, segundo o Quanto Custa Viajar: Ainda que o custo de vida em
Montevidéu seja um pouco mais alto do que no Brasil, a viagem compensa por não ser tão cara como outros destinos no exterior, mas tão interessante quanto. A moeda também é favorável para brasileiros. Um real equivale a 9 pesos uruguaios, segundo o Banco Central. A capital uruguaia é menos agitada do que Buenos Aires, e ritmo mais degavar pode ser sinônimo de menos gastos. Caminhadas pela Rambla, o calçadão com vista para o Rio da Prata, e pelo antigo centro, a partir da Praça Independência, são de graça. A entrada na catedral metropolitana de Montevidéu também não é cobrada. As atrações culturais são baratas. A entrada para o Teatro Solis em espanhol custa 40 pesos uruguaios (cerca de quatro reais), e a para o Museu Torres Garcia, de artes plásticas, 100 pesos uruguaios (cerca de 11 reais).
-
8. Agora veja rotas incríveis pelo Brasil
zoom_out_map
8/8 (ThinkStock)