Desastres naturais são difíceis de prever, portanto, o ideal é estar preparado (Bruno Domingos/REUTERS)
Gabriela Ruic
Publicado em 19 de março de 2011 às 06h36.
São Paulo – Depois do terremoto que atingiu o Japão na semana passada, uma série de desastres atingiram ou, ao menos, ameaçaram a população local na terra do sol. No Brasil, acontecimentos como os deslizamentos que acabaram com algumas cidades da serra fluminense no Rio de Janeiro no começo do ano, e enchentes que castigam, ano a ano, diferentes regiões do país, comprovam que não estamos tão a salvo quanto se imagina.
Complicado dimensionar os estragos que um vendaval ou uma enchente pode trazer a um imóvel, mas o ideal, nesse caso, é se precaver. Seja através da contratação de um bom seguro residencial ou por pura organização pessoal, o site de finanças pessoais Investopedia, dos Estados Unidos, preparou uma lista com algumas medidas que podem ajudar a minimizar possíveis danos e complicações, antes, durante ou depois de um acidente natural.
Saiba exatamente o que seu seguro cobre
Segundo a reportagem é normal que as pessoas não saibam exatamente quais tipos de acidentes naturais podem ser cobertas pelo seguro contratado. O ideal é que se tenha plena noção do que diz o contrato e os riscos que a região na qual o imóvel está instalado oferece para a integridade do bem. Assim é possível garantir que o prêmio atenda as necessidades do contratante.
Seguro completo para residências
De acordo com a reportagem, ter 100% de garantia de cobertura é o mínimo que uma pessoa que reside em uma área potencialmente de risco pode fazer. A apólice pode cobrir completamente o imóvel segurado. Caso a pessoa resida num local cuja a frequência de inundações, por exemplo, seja grande, a contratação de um seguro torna-se imprescindível. Quem acabou de se mudar para a região e não tem muitas informações acerca do comportamento do terreno na ocasião de um vendavais, enchentes e afins, deve se informar e contratar a cobertura que achar pertinente e que cubra, naturalmente, os mais comuns.
Apólice deve estar sempre atualizada
Uma vez que o imóvel esteja com as apólices pertinentes em dia, é bom que, de tempo em tempo, um corretor visite o local para que o valor do prêmio esteja coerente com o valor do imóvel na ocasião, por exemplo. Ou que, no caso de reformas e melhorias de todas as sortes, a apólice esteja em dia com as características recentes do bem.
Cobertura para objetos pessoais
Para facilitar os autos da reclamação do seguro, é pertinente que uma espécie de catálogo de tudo o que se encontra dentro de casa seja mantido, vale fotografia do objeto em questão e seu respectivo número de série. É bom que este catálogo seja atualizado anualmente. Na dúvida, pergunte ao corretor de seguros responsável pelo contrato quais itens podem ser inclusos na lista. No caso da cobertura de objetos de maior valor, como joias, por exemplo, talvez valha a pena segurá-la separadamente dos outros objetos do imóvel. Quem trabalha em casa pode contratar um seguro específico para escritório e para todo o equipamento usado para o desempenho das tarefas profissionais.
Seguro para quem aluga um imóvel
A apólice que o proprietário de um imóvel pode ter contratado cobre os danos ao local, mas não potenciais danos aos bens de quem aluga. Caso o locatário resida numa área com grande ocorrência desastres naturais, é bom que considere a contratação de uma apólice que cubra custos com mudança para uma área mais segura ou despesas de outro imóvel enquanto aguarda a reparação daquele que foi danificado. Além, é claro, dos objetos que estavam dentro do imóvel no momento de uma enchente, por exemplo.
Armazene documentos em locais seguros
Com exceção de testamentos, que devem estar nas mãos de um advogado, é bom manter todos os documentos originais da família em um local seguro e à prova de desastres naturais. Documentos mantidos em casa correm o risco de desaparecerem na ocasião de um incêndio ou mesmo roubo, trazendo ainda mais dores de cabeça. Uma boa ideia, segundo a reportagem, seria manter duas cópias autenticadas de todos os documentos, e que podem ficar nas mãos de pessoas de confiança e outra em um kit de emergências.
Kit de emergência
Um pacote, pequeno e compacto, de preferência, contendo todas as coisas que podem ser levadas de dentro de casa na ocasião de uma evacuação de emergência. O kit deve conter cópias de todos os documentos importantes, uma quantia em dinheiro para despesas que possam surgir, cópias de receitas médicas e convênios de saúde ou dental, além de um pen-drive com um backup de informações bancárias e imposto de renda, por exemplo.
Caso seja possível salvar e carregar alguns itens de casa, é bom pensar, previamente, em uma lista de coisas que gostaria de levar consigo, como um cd com fotos de família, joias valiosas. Afinal, é muito mais fácil pensar e anotar tudo isso em momentos de calmaria.