Minhas Finanças

Como invisto para minha filha ter R$ 700 mil aos 18 anos?

Internauta tem uma meta bem específica de poupança para a filha e quer orientações sobre como alcançá-la


	Mãe e bebê: para poupar para o longo prazo, investidor precisa considerar a inflação
 (Getty Images)

Mãe e bebê: para poupar para o longo prazo, investidor precisa considerar a inflação (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de dezembro de 2013 às 11h49.

Dúvida do internauta: Minha mulher está grávida e eu pretendo começar já uma poupança para minha filha. Gostaria de juntar 700 mil reais para quando ela tiver 18 anos de idade. Imaginei, portanto, que se eu poupar mil reais por mês até lá (216 meses), eu precisaria conseguir uma rentabilidade de 0,9% ao mês para atingir meu objetivo. O problema é que não encontro investimentos de longo prazo com rendimento próximo a isso. Eu deveria aumentar a parcela de investimento mensal. Qual a sua recomendação?

Resposta de Samy Dana e Alex del Giglio*:

Primeiramente, gostaríamos de parabenizá-lo pela atitude de poupar para a sua filha.

Chegar ao montante de 700 mil reais dentro de um prazo de 18 anos não será uma tarefa muito simples, uma vez que os investimentos mais seguros estão remunerando pouco, hoje em dia.

Com uma poupança de mil reais por mês destinada ao seu objetivo, você teria que obter uma rentabilidade real (acima da inflação), após taxas e impostos, de 0,94% ao mês, o que é equivalente 11,93% ao ano.

Considerando que o Governo Federal mantenha a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA dentro do centro da meta, 4,50% ao ano, você teria que ganhar um juro nominal de quase 16,97% ao ano no período.

Não há perspectivas de obtenção dessa rentabilidade no mercado financeiro, a não ser que você assuma posições muito arriscadas.

Considerando que você tenha um perfil conservador, você só atingirá o seu objetivo se aumentar o valor dos aportes mensais ou aumentar o horizonte de tempo da aplicação.

Enfim, para atingir os 700 mil reais, depositando mil reais por mês, a uma taxa crível entre 0,40% e 0,50% ao mês, líquida e acima da inflação, seu objetivo será alcançado em cerca de 27 anos.

Caso queira manter o prazo em 18 anos,você deverá aumentar a parcela mensal para cerca de dois mil reais.

Os investimentos mais indicados são os títulos de renda fixa de longo prazo e baixo risco como os Títulos Públicos Federais NTN-B e LTN, que remuneram, atualmente, a uma taxa nominal de cerca de 11% ao ano.

(*) Samy Dana é Ph.D. em Business, professor da FGV e coordenador do Núcleo de Cultura e Criatividade GV Cult. É consultor de empresas nacionais e internacionais dos setores real e financeiro e de órgãos governamentais, além de autor de livros de finanças pessoais. Esta resposta foi escrita em parceria com Alex Del Giglio, economista pela Univerisidade de São Paulo (USP), com extensão em finanças pela ESC Bordeaux e mestrado em Administração pela FGV. Responsável pela área educacional da Prime Finance Investimentos AAI Ltda., com sede em Manaus.

Perguntas, críticas e observações em relação a esta resposta? Deixe um comentário abaixo!

Envie suas dúvidas sobre planejamento financeiro e investimentos para seudinheiro_exame@abril.com.br.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasdicas-de-financas-pessoaisEstatísticasIndicadores econômicosInflaçãoIPCAplanejamento-financeiro-pessoalrenda-fixaTesouro Direto

Mais de Minhas Finanças

Proclamação da República: veja o funcionamento dos bancos nesta sexta-feira

Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 3,5 milhões nesta quarta-feira

Fila do INSS sobe e chega a quase 1,8 milhão; aumento em três meses é de 33%

Mega da Virada 2024 inicia apostas com prêmio recorde de R$ 600 milhões