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Como escolher ações e fundos imobiliários para se aposentar

Saiba quais os critérios para escolher ações e fundos imobiliários "tranquilos" para multiplicar seu patrimônio até a aposentadoria


	Ações e fundos imobiliários, negociados na Bolsa, podem formar a parte de renda variável da poupança para a aposentadoria
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Ações e fundos imobiliários, negociados na Bolsa, podem formar a parte de renda variável da poupança para a aposentadoria (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 09h22.

São Paulo – Quem está poupando para a aposentadoria pode querer adicionar à carteira ações e fundos imobiliários para tentar turbinar a rentabilidade no longo prazo. Mas como fazer a escolha desses ativos em um mercado que oscila tanto, e tendo em vista que o investimento para a aposentadoria não pode ser arriscado?

Ainda que o mercado de renda variável não esteja caminhando muito bem, esses investimentos têm a vantagem de, no longo prazo, conseguirem superar a inflação ou ainda terem um desempenho descolado de certos indicadores e da renda fixa. Por isso, especialistas recomendam que parte dos investimentos para a aposentadoria seja alocada nesses ativos, ainda que em pequeno percentual.

Mesmo assim, não é recomendável que essa parcela da carteira tome um risco excessivo. A casa de análise Empiricus, que recentemente começou a comercializar um relatório voltado especialmente para a recomendação de ações e fundos imobiliários para a aposentadoria, dá as dicas de como escolher boas ações e bons fundos imobiliários a fim de formar uma carteira firme para a aposentadoria.

Ações: foco na geração de caixa

As ações para compor uma carteira para a poupança para a aposentadoria devem ser de empresas com boa geração de caixa, recorrente e crescente. A ideia é que elas tenham uma boa previsibilidade de resultados e paguem bons dividendos. No futuro, esses proventos podem se tornar uma das fontes de renda do aposentado, sem que seja sequer necessário se desfazer dos papéis.

Na carteira recomendada pela Empiricus com fins de aposentadoria constam dez ações de variados setores, como consumo, varejo, energia elétrica, mineração e até tecnologia. A casa lembra que momentos de baixa sistêmica do mercado são ideais para aumentar a posição nessas ações voltadas para o longo prazo, e que uma boa estratégia para quem ainda não está usando a renda é reinvestir os dividendos.

Fundos imobiliários: retornos regulares

Os fundos imobiliários são fundos que investem em grandes imóveis corporativos ou papéis de renda fixa ligados ao setor imobiliário. Eles têm suas cotas negociadas em Bolsa como se fossem ações e os rendimentos mensais provenientes dos aluguéis dos imóveis não são tributados. Mais uma vez, uma oportunidade de gerar renda para a aposentadoria que, assim como os dividendos, é isenta de IR.

Esses ativos têm como vantagem o fato de seu desempenho ser normalmente descolado do desempenho das ações negociadas na Bolsa, além de mesclar características de renda fixa e variável, o que faz com que tenham um risco intermediário a essas duas modalidades.


A previsibilidade também é fator importante na hora de escolher bons fundos imobiliários para a carteira da aposentadoria. De acordo com a Empiricus, é necessário que os fundos escolhidos tenham um bom retorno, mas este não precisa – e não deve – ser muito acima da média, uma vez que quanto maior o retorno, normalmente maior o risco.

O ideal, dizem os analistas da Empiricus, é que esses rendimentos sejam um pouco superiores que os da renda fixa, e que os pagamentos sejam regulares. Em função disso, muitos fundos já estabelecidos no mercado há algum tempo terão um histórico de retornos mais rico e fácil de analisar.

Outro fator importante é que as carteiras dos fundos escolhidos sejam bem diversificadas, com mais de uma dezena de imóveis de qualidade. Dessa forma, se um deles tiver algum problema, o retorno do fundo não será tão afetado. Além disso, bons ativos proporcionam ainda um bom potencial de valorização das cotas do fundo no longo prazo, de forma que, quando elas forem vendidas, seja possível ganhar com a alta dos imóveis da carteira.

A Empiricus lembra, porém, que o potencial de valorização das cotas dos fundos voltados para a aposentadoria também não deve ser muito acima da média, uma vez que isso também sinaliza um maior risco. Quem quiser apimentar um pouco mais a parcela da carteira destinada a fundos imobiliários pode investir 20% da quantia voltada para esses ativos em fundos com um único imóvel em carteira ou com exposição a um determinado setor, como shoppings ou educação, dizem os analistas.

A carteira indicada pela Empiricus contém cinco fundos, mesclando alguns mais conservadores e diversificados, como os de agências bancárias, com fundos voltados para setores, como o de shoppings, ou para um único imóvel corporativo. A facilidade de vender as cotas do fundo pode ser interessante, mas não é crucial, diz a Empiricus, uma vez que a ideia é manter as cotas na carteira por um bom tempo.

No primeiro relatório da casa de análise voltado para a aposentadoria e assinado pelo analista Rodolfo Amstalden, os analistas da Empiricus se dizem otimistas com os fundos imobiliários, vendo “espaço formidável de crescimento” e fatores macroeconômicos favoráveis aos imóveis e aos fundos imobiliários.

Revisar a carteira é preciso

Se você ainda é jovem e tem muito tempo até a aposentadoria, a escolha das ações e dos fundos imobiliários para a aposentadoria não significa que você deverá segurar esses ativos até o momento de pendurar as chuteiras. As revisões podem ser feitas anualmente, recomenda a Empiricus, e eventualmente devem ser trocados alguns ativos. Mas a troca deve ser motivada por fatores excepcionais, e não por desvalorizações momentâneas, ainda que acentuadas.

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