Comprar a casa própria envolve também a questão social: para algumas pessoas, segurança e estabilidade é o fator mais importante (Divulgação/Imovelweb)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2011 às 17h25.
Morar de aluguel está ficando cada vez mais caro. Em São Paulo, segundo levantamento do Secovi-SP, os preços subiram 18% em um ano e pesam ainda mais no orçamento. Será que é o momento de apertar o cinto e planejar a compra da casa própria? A decisão entre comprar um imóvel ou morar de aluguel é muito particular. Não existe fórmula pronta para decidir como é melhor aplicar o dinheiro da família. Além disso, entre os brasileiros uma questão cultural faz toda a diferença na hora de responder a essa pergunta: o sonho da casa própria.
Muitas pessoas investem na compra da casa própria, porque querem ter "um cantinho" só seu para morar, trazer tranquilidade à família e se ver livre do aluguel. Outras preferem alugar um imóvel e fazer uma poupança. Cada família tem uma perspectiva, um objetivo a alcançar.
Para alguns, o dinheiro que será empregado no aluguel pode ser aplicado na prestação da casa própria, ao invés de ser destinado a um imóvel que não é deles, visto que há situações em que o valor da prestação equivale ao do aluguel.
Do ponto de vista exclusivamente financeiro, no entanto, nem sempre a compra do imóvel financiado é sinônimo de um bom negócio. "Especialistas apontam que morar de aluguel e fazer uma poupança pode ser algumas vezes, mais rentável do que o financiamento ou adquirir a casa com pagamento à vista, mas trata-se de uma decisão pessoal, afirma João Carlos Jimenez, dirigente da administradora e imobiliária Org.
Embora, a questão financeira seja primordial para a tomada da decisão, comprar a casa própria envolve também a questão social, nem sempre pautada no bolso. Para algumas pessoas, a segurança e estabilidade de morar na casa própria é o fator mais importante, mesmo que seja necessário recorrer a um longo financiamento.
“Se a pessoa não tem o dinheiro para a compra do imóvel à vista e parte para o financiamento em até trinta anos ou mais, ao final paga muito mais do que o valor de compra do bem, por isso é preciso pensar bem antes de tomar qualquer decisão, quando o assunto é dinheiro”, esclarece Jimenez.