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Com mudança no Minha Casa Minha Vida, é hora de financiar imóvel?

A partir de agora, quem tem renda mensal familiar de até 9 mil reais vai poder financiar imóvel pelo programa. Mesmo com juro baixo, é preciso ter cautela

Financiamento imobiliário: O governo também elevou o teto do valor dos imóveis  para R$ 240 mil em algumas cidades (Thinkstock/bee32)

Financiamento imobiliário: O governo também elevou o teto do valor dos imóveis para R$ 240 mil em algumas cidades (Thinkstock/bee32)

Júlia Lewgoy

Júlia Lewgoy

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 18h32.

Última atualização em 6 de fevereiro de 2017 às 18h46.

São Paulo - A partir de agora, famílias que têm renda mensal de até 9 mil reais podem financiar imóvel pelo programa Minha Casa Minha Vida, como o governo anunciou na tarde desta segunda-feira (6). Até então, só quem tinha renda familiar de até 6,5 mil reais podia participar do programa. Se sua família se enquadra nessa faixa salarial, é hora de comprar seu imóvel para aproveitar os juros mais baixos?

Controle a empolgação, como aconselha o especialista em crédito imobiliário Marcelo Prata, fundador dos sites Canal do Crédito e Resale.com.br. Com as mudanças, financiar imóvel pelo programa pode valer a pena para quem já tinha tomado a decisão da compra antes. Se esse não for o seu caso, segure a onda e avalie com cautela se você pode investir na casa própria agora. 

"Segure a euforia, pois o desemprego ainda assusta para tomar decisões que vão comprometer sua renda no longo prazo", recomenda Prata. Além disso, com a medida, as construtoras podem se sentir mais confortáveis para negociar menos e dar descontos menores, segundo o especialista. Por isso, mais do que nunca, não dá para fechar negócio sem pesquisar e barganhar preços.

O governo também elevou o teto do valor dos imóveis que podem ser adquiridos dentro do Minha Casa Minha Vida. No Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro, o valor passará de 225 mil reais para 240 mil reais. Assim, pode ser uma boa estratégia diminuir o padrão do imóvel desejado para que você possa financiá-lo pelo programa.

"A vantagem de descer um degrau é ter mais liquidez para vender o imóvel depois", explica Prata.

Mesmo com juros mais baixos do Minha Casa Minha Vida, se lembre de pesquisar o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento em mais de um banco. Além dos juros, ele inclui o custo do seguro do financiamento, entre outras taxas, o que pode encarecer o crédito.

Segundo o governo, o Minha Casa Minha Vida financia imóveis por uma taxa de juros de 8,16% ao ano, enquanto o mercado cobra juros entre 10% e 14% ao ano.

Veja como fica o teto de renda mensal com as mudanças no programa:

Faixa 1,5
Sobe de R$ 2.350 para R$ 2.600

Faixa 2
Sobe de R$ 3.600 para R$ 4.000

Faixa 3
sobre de R$ 6.500 para R$ 9.000

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