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Com desempenho ruim, é hora de sair dos fundos de inflação?

Internauta questiona se é melhor aguardar recuperação dos fundos, ou se deve resgatar os recursos e recuperar o prejuízo em outro investimento


	Segundo especialista, se o investidor não precisar do dinheiro agora, vale a pena esperar
 (Stock Exchange)

Segundo especialista, se o investidor não precisar do dinheiro agora, vale a pena esperar (Stock Exchange)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2013 às 09h00.

Dúvida do internauta: Estou com uma boa soma aplicada em fundos de investimento vinculados à inflação. Se retiro agora, realizo o prejuízo. Mas se esperar até a inflação começar a ceder, mesmo que a taxa Selic chegue aos 8,5%, depois virá o processo de queda nos juros e eu posso recuperar meu capital sem prejuízo. Esse raciocínio é correto ou é melhor retirar o dinheiro e tentar recuperar a perda em outra aplicação

Resposta de Bolivar Godinho*: 

Os fundos com carteira composta por Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B), que são corrigidos pelo IPCA, estão apresentando perdas devido à recomposição das taxas de juros, ocasionada pela elevação da taxa Selic e pelas expectativas de novas elevações por parte do Banco Central (entenda esse movimento das NTN-Bs) .

Não se sabe até que nível o Banco Central vai elevar a taxa Selic, isto vai depender do comportamento da inflação e da convergência das expectivas do mercado em relação ao cumprimento da meta. As perdas são variadas, mas quanto mais longos forem os títulos na carteira, maior é o impacto. Este movimento é amplificado porque com os resgates solicitados pelos aplicadores, os gestores dos fundos precisam vender os títulos em carteira.

Se o investidor não precisar de dinheiro a médio prazo é preferível aguardar o momento que o Banco Central começar a reduzir as taxas de juros. O aspecto positivo da elevação das taxas é que no momento em estas se estabilizarem, a rentabilidade do fundo será maior.

*Bolivar Godinho é professor de Finanças EPPEN - UNIFESP. Atuou por 33 anos no mercado financeiro em cargos de direção na área de asset management dos bancos Noroeste e Fibra e concluiu em 2012 doutorado na FEA-USP, com a tese sobre fundos de investimento.

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