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Clientes HSBC correm riscos com a possível venda do banco?

Especialista responde se os correntistas do HSBC correm risco de ter prejuízos, caso o banco seja incorporado por outra instituição


	Homem anda por uma corda: Segundo especialista, para um banco do porte do HSBC, os riscos são baixos
 (BrianAJackson/Thinkstock)

Homem anda por uma corda: Segundo especialista, para um banco do porte do HSBC, os riscos são baixos (BrianAJackson/Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2015 às 09h34.

Dúvida do internauta: Com a iminente venda da operação do HSBC no Brasil, os correntistas deste banco devem tomar alguma ação? Possuo quantias consideráveis aplicadas em determinados investimentos, assim como em previdência privada e estou com dúvidas se devo ou não abrir conta em outro banco e realizar a transferência.

Resposta de Beto Veiga*:

Primeiramente, vale ressaltar que ainda não há uma confirmação oficial de venda do banco. Ainda assim, se isso vier a acontecer, destaco que há determinada categoria de instituições financeiras que desfrutam de uma atenção maior do governo.

Em geral, no caso de um banco com essas dimensões (grande, se comparado aos pequenos e médios, embora pequeno, se comparado aos grandes), a premissa do parágrafo anterior está mantida. Veja que não estou sequer me referindo aos números propriamente ditos da instituição (balanço).

Pode não ser o caso desse banco especificamente, mas as vendas de unidades tendem a ser feitas na modalidade de participação, em que os “adquiridos” acabam por tornar-se sócios do “adquirente”, o que garante lucros maiores do que operar a própria instituição.

Esse tipo de “venda” reduz os custos do “vendedor”, que passa a ser incorporado pelo “comprador” e a empresa resultante, desde não haja superposição muito grande de clientes, acaba ganhando mais. O pagamento, é claro, se dá com a entrega de ações do adquirente.

No caso de aquisição, exceto algumas mudanças operacionais, que podem trazer um pequeno inconveniente no começo, todas as aplicações e depósitos são transferidos de maneira quase que transparente para os clientes.

Ademais, informo que, além da cobertura de até 250 mil reais do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para os depósitos em conta-corrente, poupança e títulos como CDB, LCI, LCA, etc. (veja como funciona o FGC), os fundos de investimentos têm patrimônio separado, isto é, não pertencem à contabilidade do banco, mas aos seus cotistas (no caso, os clientes).

Se ainda assim você ficar inseguro, lembro da existência da portabilidade, que se aplica também à sua previdência privada. Assim, você tem o direito de fazer a transferência dos recursos investidos na previdência a outro plano, se assim desejar.

*Beto Veiga é doutor em economia pela Universidade de Brasília, ex-funcionário do Banco Central e consultor de valores mobiliários registrado na CVM. É autor dos livros “O Essencial sobre o Tesouro Direto” , “Tudo sobre CDB”, além do Blog "Beto Veiga - finanças desvendadas" e "Case com seu banco com separação de bens".

Envie outras dúvidas sobre investimentos para seudinheiro_exame@abril.com.br.

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