Valor mínimo de compra é de R$ 3 mil e máximo de R$ 1 milhão; quem se interessar pelo negócio deve sinalizar interesse por meio de uma instituição que opere na B3 (Dado Galdieri/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de junho de 2019 às 08h23.
Última atualização em 24 de junho de 2019 às 08h26.
São Paulo — Termina nesta segunda-feira, 24, o prazo para o investidor pessoa física manifestar interesse nas ações ordinárias (com direito a voto) da Petrobras que a Caixa vai vender. O banco decidiu se desfazer de todas as suas ações ordinárias da petroleira, o que representa 3,24% do capital social da Petrobras, ou 241.340.371 papéis. Desse total, até 24% será prioritariamente negociado com pessoas físicas, com valor mínimo de compra de R$ 3 mil e máximo de R$ 1 milhão.
Há também a possibilidade de a compra ser feita via fundo de investimentos em ações, com R$ 100 como aporte mínimo. Nesse caso, é preciso levar em conta taxas de manutenção, sobre rendimento e até de saída.
O prospecto preliminar sobre a estatal do petróleo - relatório com as condições para que as ações sejam vendidas, com possíveis riscos e preços -, indica que o valor movimentado na operação deve ultrapassar R$ 7 bilhões, com base no preço levantado na B3, a Bolsa de São Paulo, no último dia 7, de R$ 29,85 por ação. Só que, após essa data, o valor do papel da Petrobras atingiu na última quarta-feira R$ 30,84. O preço por ação para esta negociação será definido na terça-feira, 25.
Quem se interessar pelo negócio deve sinalizar interesse por meio de uma instituição que possa operar na B3 - a lista pode ser encontrada no site da Bolsa. A corretora, explica a B3, precisa estar credenciada a participar dessa operação especificamente, caso contrário, não poderá realizar a reserva. "Pode reservar ações qualquer agente de custódia participante da B3 que tenha aderido à oferta assinando a carta convite enviada pela Caixa", informou a Bolsa, por meio de nota. UBS, Morgan Stanley, Bank of America Merrill Lynch e XP Investimentos estão coordenando esta oferta de ações.
Segundo especialistas, existe a possibilidade de haver desconto no preço do papel, que, geralmente, varia de 2% a 5%. "A chance de ter desconto existe porque a oferta (de ações) é muito grande", explica o coordenador do laboratório de finanças do Insper, Michael Viriato. Mas, a depender da demanda, a situação pode se inverter.
Uma dica de especialistas para quem está começando a investir em ações, é estabelecer, na hora da reserva de compra, um preço máximo a ser pago por ação. Se no dia da divulgação do valor o preço exceder o que foi acertado, a reserva é automaticamente cancelada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.