BM&FBovespa: fundos de índices de ações mais acessíveis à pessoa física (.)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2010 às 14h20.
A BM&FBovespa decidiu reduzir o lote-padrão dos fundos de índices de ações - ou ETFs (Exchange Traded Fund, na sigla em inglês) - como forma de popularizar o produto. A partir de 2 de agosto, o lote-padrão será reduzido de 100 para 10 cotas, o que significa que o valor mínimo necessário para investir neste produto diminuirá também em dez vezes ( clique aqui e veja como funcionam os ETFs). Um lote-padrão do ETF BOVA11, que espelha o Índice Bovespa, por exemplo, passará dos atuais 6.280 reais para 628 reais com base no preço de fechamento do pregão desta segunda-feira. O objetivo da bolsa com a medida é aumentar o potencial de negociação desses fundos, especialmente, entre investidores pessoas físicas.
Os ETFs são fundos espelhados em índices e suas cotas são negociadas em Bolsa da mesma forma que as ações. Ao adquirir cotas de um determinado ETF, o investidor passa a deter todas as ações componentes do índice a ele relacionado, sem ter de comprar separadamente os papeis de cada empresa. Desta forma, os ETFs podem proporcionar maior praticidade, rapidez e eficiência no momento de investir, além de facilidade para acompanhar seu desempenho, que está associado ao do respectivo índice.
Atualmente, são negociados na BM&FBovespa os fundos BOVA11 (iShares Ibovespa Fundo de Índice), SMAL11 (iShares BM&FBOVESPA Small Cap Fundo de Índice), MILA11 (iShares BM&FBOVESPA MidLarge Cap Fundo de Índice), BRAX (iShares Índice Brasil IBrX-100 Fundo de Índice); CSMO (iShares Índice BM&FBOVESPA de Consumo Fundo de Índice) e MOBI (iShares Índice BM&FBOVESPA Imobiliário Fundo de Índice). A BlackRock é a gestora de todos esses fundos. Ainda há um sétimo ETF negociado no Brasil, o PIBB11 (PIBB Fundo de Índice Brasil - 50 - Brasil Tracker), que tem o banco Itaú como gestor.
O volume financeiro registrado, em junho, pelos sete fundos de índices negociados na BM&FBovespa chegou a 515,30 milhões de reais, em 12.083 negócios. A participação de pessoas físicas no volume total de ETFs passou de 15,4% em maio para 23% no mês de junho. Os investidores institucionais continuaram liderando a participação no volume de ETFs, com 40,4%, seguidos pelas pessoas físicas (23%), instituições financeiras (20,5%), os investidores estrangeiros (15,%) e as empresas públicas e privadas, com 0,4%.