Inclusão financeira: maiores economias da Europa ocupam o topo da lista (RafaPress/Getty Images)
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Publicado em 27 de setembro de 2022 às 11h47.
Última atualização em 24 de setembro de 2024 às 16h42.
Singapura tem o mercado mais financeiramente inclusivo do mundo, seguida por Estados Unidos, Suécia e Hong Kong. É o que mostra o Índice Global de Inclusão Financeira, estudo conduzido pelo Centro de Pesquisas Econômicas e Empresariais (CEBR) e patrocinado pela Principal Financial Group. O Brasil aparece nas últimas posições, em 35º lugar entre as 42 nações analisadas pelo relatório, com uma nota de 33,9 pontos.
Índice Global de Inclusão Financeira | |||
Os 10 primeiros mercados | Os 10 últimos mercados | ||
1 | Singapura (68,9) | 33 | Turquia (36,1) |
2 | Estados Unidos (68,3) | 34 | África do Sul (34,1) |
3 | Suécia (65,4) | 35 | Brasil (33,9) |
4 | Hong Kong (65,1) | 36 | México (33,3) |
5 | Finlândia (64,7) | 37 | Itália (32,8) |
6 | Dinamarca (63,9) | 38 | Peru (32,7) |
7 | Austrália (63,6) | 39 | Colômbia (32,2) |
8 | Suíça (63,4) | 40 | Nigéria (26,9) |
9 | Noruega (63,1) | 41 | Gana (22,2) |
10 | Países Baixos (59,8) | 42 | Argentina (19,2) |
Fonte: CEBR
O índice examina como os respectivos governos, sistemas financeiros e empregadores de um mercado fornecem ferramentas, serviços e orientações relevantes para proporcionar mais inclusão financeira. A pesquisa analisou 42 mercados e os classificou em três pilares: apoio governamental, apoio ao sistema financeiro e apoio aos empregadores, usando dados de fontes públicas e baseadas em pesquisas.
“A inclusão financeira é fundamental para o progresso econômico mundial. Como uma organização focada em ajudar mais pessoas a ter acesso à segurança financeira, acreditamos que a inclusão é um componente importante para a capacidade de um mercado de se preparar e de se recuperar das adversidades, crescer de forma sustentável e construir um futuro melhor”, afirma Dan Houston, presidente e CEO da Principal Financial Group.
Segundo a pesquisa, de maneira geral, as economias desenvolvidas tendem a se agrupar na parte superior do índice, enquanto as economias em desenvolvimento se agrupam na parte inferior. As maiores economias da Europa, por exemplo, estão na parte superior da tabela, com exceção da Itália, que se encontra em 37º. Dos dez mercados com maior inclusão financeira, seis são europeus e, dentre eles, quatro são nórdicos. Enquanto isso, a metade inferior do ranking é composta principalmente por países da América Latina, África e Ásia, com a Argentina em último lugar na lista.
As economias que contam com forte apoio do governo e do sistema financeiro tendem a fornecer um nível mais baixo de apoio aos empregadores - e o inverso também é válido. As economias desenvolvidas normalmente somam mais pontos no apoio governamental e no apoio ao sistema financeiro, enquanto as economias emergentes geralmente pontuam melhor no apoio aos empregadores.
Com base em investimentos, os mercados analisados também podem ser agrupados em quatro categorias: economias maduras e voltadas para o futuro; economias maduras e retrógradas; economias jovens e voltadas para o futuro; e economias dependentes, com cada uma indicando riscos de curto, médio e longo prazo aos quais as economias estão expostas. Existem, no entanto, alguns valores discrepantes nessas categorias, principalmente em algumas das grandes economias, como Estados Unidos, China e Índia, que não se encaixam perfeitamente em uma única categoria.
Os mercados que têm uma classificação alta em inclusão financeira também tendem a ter um bom desempenho em outros fatores sociais, como segurança alimentar, produtividade, resiliência econômica e social, padrões de vida e adaptação às mudanças climáticas.
“Acompanhamos o índice com métricas que seguem algumas das tendências mais significativas para a sociedade na atualidade, como insegurança alimentar e mudanças climáticas, e reconhecemos uma relação clara entre inclusão financeira e os fatores que contribuem para uma sociedade de sucesso”, comenta Kay Neufeld, chefe de Previsão e Liderança de Pensamento do CEBR.
O pilar de apoio governamental examina o grau em que os governos promovem e possibilitam inclusão financeira, considerando dados sobre o apoio público a pensões, proteção de depósitos e consumidores, níveis de emprego, educação e alfabetização financeira e conectividade online.
Já o pilar de apoio ao sistema financeiro analisa a disponibilidade e a aceitação de vários produtos e serviços financeiros, considerando dados sobre o acesso a contas bancárias e crédito, maturação da tecnologia financeira e uso de pagamentos em tempo real, além da eficácia geral do setor de serviços financeiros na promoção da confiança e do crescimento das pequenas e médias empresas.
Por fim, o pilar de apoio aos empregadores avalia a disponibilidade e o impacto dos programas do empregador para melhorar o bem-estar financeiro e a inclusão dos seus colaboradores em várias dimensões, como em contribuições previdenciárias, programas de seguro e orientação financeira.
De acordo com o estudo, as conclusões sugerem que a inclusão financeira pode ser um indicador poderoso dos mercados de capital e riqueza da próxima geração no mundo todo. Com um desempenho sólido, cada pilar ajuda a promover o crescimento e a confiança dos negócios e pode levar ao desenvolvimento acelerado de um mercado de capitais.
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