Minhas Finanças

Bradesco cobra o menor juro para antecipar IR

Especialista diz que essa modalidade de crédito deve ser usada para substituir dívidas mais caras

Bradesco: juros mínimo de 2,45% são os mais baratos para a antecipação da restituição do IR (Germano Luders/EXAME)

Bradesco: juros mínimo de 2,45% são os mais baratos para a antecipação da restituição do IR (Germano Luders/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 08h42.

São Paulo – Iniciado o período de entrega de declaração do Imposto de Renda 2011, começa também a oferta de linhas de crédito que adiantam o dinheiro que será recebido na restituição. Para quem está com o orçamento apertado, a grande vantagem em tomar o empréstimo está nos juros da operação. As taxas se equiparam às do consignado, de longe a modalidade de crédito mais barata do mercado para financiar despesas de pessoas físicas.

Dentre as seis instituições pesquisadas por EXAME.com, o Bradesco é o que cobra os melhores juros para o consumidor. As taxas prefixadas variam de 2,45% a 3,38%, sendo que as condições mudam em função do tamanho do empréstimo e do tipo de relacionamento do cliente. Quem recebe o salário no banco, por exemplo, pode antecipar até 100% do valor da restituição. Para os demais correntistas, é possível receber de 65% a 80% do benefício. Nos dois casos, o adiantamento está limitado ao valor máximo de 20.000 reais.

Confira as características da antecipação da restituição nos seis grandes bancos brasileiros:

table.tableizer-table {border: 1px solid #CCC; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12px;} .tableizer-table td {padding: 4px; margin: 3px; border: 1px solid #ccc;}
.tableizer-table th {background-color: #104E8B; color: #FFF; font-weight: bold;}

Instituição Taxa (% ao mês) Valor do adiantamento Prazo de contratação
Bradesco 2,45% a 3,38% De 65% a 80% da restituição para correntistas em geral e 100% para os que recebem salário no banco. Empréstimo limitado a 20.000 reais 31/dezembro
Caixa Econômica Federal A partir de 2,59% De 610 a 30.000 reais, limitados a 90% do valor da restituição 31/dezembro
Itaú A partir de 2,60% A partir de 500 reais 31/outubro
Banco do Brasil 2,96% para operações entre 5.000 e 20.000 reais e 3,36% para operações de até 5.000 reais De 100 a 20.000 reais, limitados a 80% da restituição para correntistas em geral e 100% para os que recebem salário no banco 30/novembro
HSBC 2,99% De 300 reais a 100% do valor da restituição 10/junho
Santander A partir de 3,29% De 100 reais a 100% do valor da restituição 31/outubro

Em comum, todos os bancos só liberam o empréstimo para os consumidores que forem correntistas. A possibilidade de cobrar bem menos pela restituição do IR se assenta na garantia de receber o empréstimo, já que a quitação da dívida é feita assim que o dinheiro é depositado pela Receita na conta indicada pelo contribuinte no momento da declaração.

"Com o adiantamento, o cliente conta com um recurso antecipado em um período de grande concentração de gastos, que é o primeiro trimestre", diz Rogério Braga, diretor de produto pessoa física do Itaú. "A modalidade também permite que ele se programe, já que o pagamento do crédito tem data certa."


Se os juros do empréstimo pessoal atingem uma média de 4,8% ao mês e as taxas cobradas pelo cartão de crédito e cheque especial não raro pulam a faixa dos dois dígitos, optar pelo adiantamento do IR parece mesmo uma boa opção. Os recursos são canalizados para a conta do beneficiário e a compensação da dívida é feita com um dinheiro extra, não comprometendo seu orçamento mensal.

Especialistas em finanças ressaltam, entretanto, que é preciso avaliar se realmente vale a pena solicitar o adiantamento quando o objetivo é outro que não trocar uma dívida cara por outra mais barata. “Não tome empréstimo para alavancar o consumo, ainda que os juros sejam mais baixos. Além disso, se você ficar retido na malha fina, terá que arcar com encargos mais pesados por não quitar a dívida dentro do prazo previsto”, alerta o educador financeiro Mauro Calil.

A Receita Federal costuma pagar as restituições a partir de junho, em sete lotes regulares. O primeiro lote está previsto para o dia 15 de junho e o último para o dia 15 de dezembro.

É importante lembrar que aguardar pela liberação não deixa de ter um lado positivo, pois o contribuinte embolsa o montante devido acrescido de correção pela Selic, hoje a 11,75% ao ano. No país dos juros reais mais altos do mundo, essa não deixa de ser uma compensação: o ganho é quase duas vezes maior que se o dinheiro estivesse investido na poupança.

Envie suas dúvidas

Para ajudar o contribuinte a organizar a papelada e pagar menos impostos, EXAME.com responde os internautas em uma série de matérias no Guia de Imposto de Renda. Se você tem dúvidas sobre a entrega da declaração, envie suas perguntas para o e-mail seudinheiro_exame@abril.com.br.

As questões servirão para pautar a equipe de EXAME.com na cobertura do IR 2011. As melhores perguntas serão respondidas em profundidade em reportagens que serão publicadas ao longo das próximas semanas.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasDívidas pessoaisfinanciamentos-pessoaisImposto de Renda 2020ImpostosRestituição do Imposto de Renda

Mais de Minhas Finanças

Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 3,5 milhões nesta quarta-feira

Fila do INSS sobe e chega a quase 1,8 milhão; aumento em três meses é de 33%

Mega da Virada 2024 inicia apostas com prêmio recorde de R$ 600 milhões

Influenciadoras de Wall Street: como elas estão democratizando as finanças pessoais