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Boa parte da inadimplência se refere a dívida velha, diz SPC

Boa parte das dívidas não pagas em janeiro de 2015 eram débitos antigos, mostram dados do SPC, sendo que 40,78% se referiam a atrasos entre um e três anos


	Homem endividado: isso ocorre porque o consumidor passa a acreditar que não conseguirá mais quitar o débito, diz especialista
 (Getty Images)

Homem endividado: isso ocorre porque o consumidor passa a acreditar que não conseguirá mais quitar o débito, diz especialista (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 14h45.

A maior parte das dívidas não pagas em janeiro deste ano eram débitos antigos, segundo dados divulgados hoje (10) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL).

Entre as dívidas computadas, 40,78% se referiam a atrasos entre um ano e três anos, e 30,22% eram atrasos de três anos a cinco anos.

Segundo a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, isso ocorre porque o consumidor passa a acreditar que não conseguirá mais quitar o débito.

"Ele acha que a dívida é impagável. Mas não é, depende de acordo entre o credor e o devedor", avalia.

Marcela informou ainda que a quantidade de consumidores com débitos em atraso - estimada em 54,6 milhões de pessoas pelo SPC - corresponde a 38% da população maior de 18 anos do Brasil.

Cálculo feito, segundo ela, com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento do SPC Brasil mostrou também que quase metade das dívidas em atraso no mês de janeiro - 47,62% - eram com o segmento bancário. Os segundo e o terceiro setores com maiores volumes de débitos foram comércio (20,6%) e comunicação (15,1%).

Marcela Kawauti reiterou avaliação da CNDL e do SPC-Brasil de que a estabilização da inadimplência dos brasileiros está ligada à desaceleração da atividade econômica e redução do estoque de crédito. Segundo ela, "a base de crédito da economia perde força e a inadimplência cai".

Em janeiro deste ano, a quantidade de devedores cresceu 3,12% na comparação com igual mês do ano passado. Trata-se da menor variação anual para o mês desde 2010.

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