Taxa de juros cobrada no cartão de crédito foi a que mais aumentou no último mês (EXAME/Exame)
Marília Almeida
Publicado em 10 de junho de 2021 às 18h02.
Última atualização em 11 de junho de 2021 às 15h06.
Ass taxas de juros de empréstimos voltaram a ser elevadas pelos bancos em maio. É o que mostra pesquisa da Anefac
Todas as linhas de crédito tiveram suas taxas de juros elevadas no mês. A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma elevação de 0,08 ponto percentual no período, correspondente a uma elevação de 1,38% no mês (1,85% em doze meses) passando de 5,80% ao mês (96,71% ao ano) em abril para 5,88% ao mês (98,50% ao ano) em maio. É a maior taxa de juros média desde dezembro de 2019.
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Considerando todas as elevações e reduções da taxa básica de juros (Selic) promovidas pelo Banco Central desde março de 2012, houve uma redução da Selic de 3,75 pontos percentuais, enquanto a taxa de juros média dos empréstimos para pessoa física apresentou uma elevação de 10,53 pontos percentuais.
De acordo com Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de estudos e pesquisas da Anefac, as elevações podem ser atribuídas ao aumento dos juros futuros, à expectativa de novas elevações da taxa básica de juros frente a uma inflação maior, à provável elevação dos índices de inadimplência e ainda o anúncio das elevações dos impostos das instituições financeiras (CSLL) em 2021.
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Oliveira entende que “essa provável inadimplência pode ocorrer por causa do fim das carências nos empréstimos (pausas e carência nas negociações de dívidas), desemprego elevado, fim do pagamento dos auxílios emergenciais, elevação da inflação e seus efeitos na renda, além de maior seletividade dos bancos na concessão de crédito”.
Para os próximos meses, com a piora do cenário econômico com maior risco de crédito e da elevação da inadimplência, bem como com as prováveis novas elevações da Selic, a tendência é de que as taxas das operações de crédito continuem sendo elevadas, na visão de Oliveira.