Imóveis: os débitos de condomínio e IPTU serão quitados pelos vendedores e o pagamento poderá ser financiado em até 35 anos (Germano Lüders/Exame)
Karla Mamona
Publicado em 26 de outubro de 2020 às 05h19.
Os bancos Itaú Unibanco e Santander realizam no final do mês leilões de imóveis recuperados de financiamento. São cerca de 160 imóveis (casas, apartamentos, terrenos e salas comerciais) localizados em 14 estados. É hora de mudar de casa? Alugar ou comprar, e como? Saiba como com a EXAME Academy
O Santander irá leiloar, no dia 27 de outubro, 121 lotes com descontos de até 65%. Os lotes estão nos estados São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará e Maranhão.
Neste leilão, os débitos de condomínio e IPTU serão quitados pelos vendedores dos imóveis e o pagamento poderá ser financiado em até 35 anos (420 meses), com sinal de 20% do valor do arremate com a taxa de 6,99% ao ano.
Já o leilão do Itaú será no dia 30 de outubro. Serão leiloados 35 imóveis com desconto de 10% para pagamento à vista ou 30% de sinal + 78 parcelas com juros de 12% ao ano. Os lotes estão localizados em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. Em São Paulo serão leiloados 15 lote. Um dos destaques é um apartamento no Butantã de 362,05 metros quadrados de área privativa e 723,92 m² de área total. O lance inicial é de R$ 779.700,00.
O evento acontecerá às 11h, e os lances poderão ser dados presencialmente, na sede da leiloeira Biasi Leilões, ou através do site da empresa.
Apesar dos descontos serem atrativos, antes de comprar um imóvel em um leilão é necessário tomar alguns cuidados. O primeiro é optar por imóveis que estejam desocupados, já que muitas vezes a saída do morador da casa arrematada pode ser discutida na Justiça, mesmo o comprador tendo em mãos uma carta de arrematação que permite solicitar a desocupação. Para ir à Justiça, o comprador do imóvel precisará contratar um advogado e precisar de uma dose de paciência, já que a data de desocupação pode demorar mais do que o esperado.
Outra dica importante é pesquisar se o imóvel tem outras dívidas, como IPTU e taxas que deixaram de ser pagas pelo antigo morador. Os pagamentos desses débitos serão de responsabilidade do comprador. Vale lembrar que a compra de um imóvel implica arcar com o pagamento de outras despesas, como a taxa de registro em cartório, o imposto sobre a transmissão de bens imóveis (ITBI).
É fundamental também avaliar a forma de pagamento do imóvel determinada no edital do leilão. Muitos leilões não permitem, por exemplo, a utilização do FGTS no pagamento do imóvel arrematado. Também é necessário pagar ao leiloeiro uma comissão adicional de 5% do valor do lance no ato da arrematação. Por outro lado, muitas vezes é possível obter descontos de até 10% se o pagamento for feito à vista. Em geral, é necessário arcar com um sinal correspondente a 30% do valor do imóvel e o saldo devedor pode ser dividido em diversas parcelas. Alguns leilões permitem o financiamento da dívida, mas é necessário contratar o empréstimo com antecedência.
Por fim, verifique no edital a descrição das condições de venda, o estado de conservação, a forma de pagamento, o preço mínimo, a comissão do leiloeiro, os impostos e o modelo de contrato que será assinado pelas partes.