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Bancos privados concedem R$ 1 bilhão em crédito imobiliário por mês

Bradesco vai aguardar movimentos de mercado para definir se vai reduzir novamente juros dos financiamentos; há possibilidade de corte no crédito pessoal

Clientes de crédito imobiliário costumam ter relacionamento mais estreito com os bancos. No Bradesco, esses correntistas têm, em média, 7,6 produtos diferentes (Germano Lüders/Exame)

Clientes de crédito imobiliário costumam ter relacionamento mais estreito com os bancos. No Bradesco, esses correntistas têm, em média, 7,6 produtos diferentes (Germano Lüders/Exame)

NF

Natália Flach

Publicado em 13 de novembro de 2019 às 18h42.

Última atualização em 13 de novembro de 2019 às 18h53.

São Paulo - Nas últimas semanas, os bancos entraram em um rali para ofertar taxas de crédito imobiliário mais atraentes para os clientes. O estopim foi a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa básica de juros do país, que hoje está em 5% ao ano. Com preço que cabe no bolso e melhora das expectativas para a economia, os três maiores bancos privados - Itaú, Bradesco e Santander - passaram a conceder por mês 1 bilhão de reais em financiamentos imobiliários, segundo Otávio de Lazari, presidente do Bradesco, durante reunião Apimec nesta quarta-feira (13).

É um produto muito importante para essas instituições não só porque se trata de crédito de longo prazo (de 30 anos) mas também porque estreita a relação entre cliente e bancos. "Um cliente tem em média 2,8 produtos do Bradesco. Quando é um cliente de financiamento imobiliário, essa média sobe para 7,6 produtos", comenta Lazari.

Em outubro, o Itaú anunciou uma queda na taxa mínima de 8,30% ao ano mais taxa referencial (TR) para 7,45% e foi seguido pelo Bradesco que passou de 8,10% para 7,30%. Depois foi a vez da Caixa que cortou a menor taxa de juros de 7,50% mais TR para 6,75% mais TR. A maior taxa saiu de 9,50% mais TR para 8,50% mais TR. Santander não mexeu nos juros nessa última leva. Foi pioneiro quando em 2017 fez a primeira redução. Hoje, o patamar mais baixo é de 7,99 mais TR, definido em julho.

Sobre a possibilidade de novos cortes, Lazari diz que depende das condições de mercado. "Só que não há tanto espaço porque o spread nessa linha já é bastante comprimido. Mas vamos aguardar movimentos de mercado. O que podemos ver é novos cortes em algumas linhas como crédito pessoal", acrescenta. O executivo diz ainda que o banco vai oferecer financiamentos atrelados a IPCA e a juros prefixados - modalidades que a Caixa informou que vai adotar. "Só que não vamos fomentar. Teremos na prateleira e, se o cliente quiser contratar, mesmo sabendo de todos os riscos que isso implica, então fechamos negócio."

Lazari afirma ainda que não vai mexer nos juros do cheque especial. "4,99% (valor ao mês oferecido pela Caixa) é deficitária no Bradesco. O que precisamos é mudar a concepção do produto, com nova dinâmica", completa.

 

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