Minhas Finanças

Bancos lançam plataformas de investimentos digitais para diversificar

Banco ABC acaba de lançar a sua plataforma "Personal", enquanto Santander estrutura a sua. Outros, como BTG, aprimoram produto

Sergio Lulia e Gustavo Machado, do banco ABC: ideia é ter poucos, mas bons produtos na vitrine (Banco ABC/Divulgação)

Sergio Lulia e Gustavo Machado, do banco ABC: ideia é ter poucos, mas bons produtos na vitrine (Banco ABC/Divulgação)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 27 de julho de 2018 às 05h00.

Última atualização em 27 de julho de 2018 às 13h49.

São Paulo - Os bancos já vêm ampliando a oferta de produtos oferecidos por gestoras independentes para competir com as plataformas de investimento digitais. É natural, nesse processo, que o intuito também seja criar suas próprias plataformas para fazer frente a esse movimento e fidelizar clientes.

Depois dos concorrentes Sofisa, Daycoval e Banco Pan, o banco ABC lançou nesta semana a sua própria vitrine de investimentos para pessoas físicas. Nomeada ABC Personal, a plataforma oferece tanto produtos do próprio banco como aplicações de terceiros.

O objetivo da Personal é atender desde o investidor conservador ao agressivo, com capacidade de investimento superior a 35 mil reais. A ideia é ter foco mais na qualidade do que quantidade. Serão oferecidos cerca de vinte produtos em linha com o rating do banco.

Inicialmente, o ABC Personal oferece CDBs pré e pós fixados e títulos como LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio). Em 2019, a oferta será ampliada e passará a incluir títulos públicos, Certificados de Recebíveis Imobiliário (CRI), Certificados de Recebíveis Agrícolas (CRA), Certificados de Operações Estruturadas (COE), debêntures, letras financeiras, fundos de investimentos e de previdência de terceiros.

O ABC atua no segmento de empresas desde 1989 e tem capital aberto na bolsa de valores. Assim como os outros bancos médios concorrentes, o objetivo da plataforma é diversificar o funding do banco. Já o intuito dos grandes bancos de varejo é fidelizar clientes.

Menos avançado do que outros grandes bancos na oferta de produtos de terceiros, tanto em quantidade como para diferentes segmentos de clientes, o Santander prepara a sua plataforma de investimentos. que será aberta a produtos de gestoras independentes. A informação foi dada nesta quarta-feira (25) pelo presidente Sérgio Rial, durante coletiva com jornalistas, e confirmada pela assessoria do banco.

Atualmente, o Santander oferece dez fundos de terceiros e essa oferta é restrita a clientes Private. O banco não divulga nenhum detalhe operacional adicional sobre a plataforma. Declara apenas que ela não irá interferir na operação da corretora do banco: será uma vitrine à parte.

As plataformas de investimentos vêm sendo lançadas por bancos desde pelo menos 2011, caso do Sofisa Direto. Mas, atualmente, ganham um novo fôlego porque a Selic em seu menor nível histórico exige que o investidor tome mais risco e diversifique seus investimentos. Esse cenário abre uma janela de oportunidades na gestão de recursos, e ganha mais quem oferece uma carteira completa de aplicações financeiras.

Para aproveitar o momento, bancos que já tinham lançado suas próprias plataformas no passado agora aprimoram essas vitrines. É o caso da plataforma da corretora Ágora, adquirida pelo Bradesco. Aberta para atender quem não é cliente do banco, ela recebe agora investimentos que têm como objetivo deixá-la mais robusta. Esses investimentos envolvem infraestrutura tecnológica e especialização de profissionais, segundo informa o Bradesco, em nota.

O BTG anunciou nesta semana o lançamento de um home broker na sua plataforma de investimentos digital, para que clientes possam comprar e vender ações diretamente pela plataforma.

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