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Banco Pan faz parceria com Guiabolso e antecipa Open Banking a clientes

Compartilhamento de informações, previsto na fase 2 do Open Banking a partir de julho, será usado para melhorar a oferta de crédito para novos e antigos clientes

Clientes do Pan poderão conceder informações de contas em outros bancos para ter oferta mais adequada de crédito | Foto: Banco Pan/Divulgação (Banco Pan/Divulgação/Divulgação)

Clientes do Pan poderão conceder informações de contas em outros bancos para ter oferta mais adequada de crédito | Foto: Banco Pan/Divulgação (Banco Pan/Divulgação/Divulgação)

BA

Bianca Alvarenga

Publicado em 22 de maio de 2021 às 08h11.

Última atualização em 22 de maio de 2021 às 13h34.

O Open Banking, sistema de compartilhamento de informações de clientes de instituições financeiras, vai entrar em operação em etapas, segundo cronograma definido Banco Central. Na fase atual, os bancos precisarão dar transparência para o custo de seus produtos e serviços, e, em um segundo momento, previsto para começar em julho, os dados de correntistas vão poder ser trocados entre as instituições.

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Tudo isso acontecerá mediante a aprovação do próprio cliente. Diante de uma mudança com alto potencial de revolução, bancos, financeiras, corretoras e outras empresas do mercado financeiro já começam a se preparar.

O Banco Pan (BPAN4), focado nos públicos C, D e E, firmou uma parceria com o aplicativo Guiabolso para antecipar a seus clientes a operação da fase 2 do Open Banking, que será obrigatória a partir de julho. O objetivo é buscar desde já dados de clientes para fazer ofertas personalizadas, principalmente nas linhas de crédito.

"A partir do segundo semestre haverá uma grande mudança no mercado e queremos já estar preparados quando isso acontecer", contou Luiz Krempel, superintendente de Open Banking no Banco Pan, em entrevista exclusiva à EXAME Invest.

Crédito na praça

Antecipar os efeitos da fase 2 do sistema que tem o aval do BC se tornou possível por meio de uma tecnologia desenvolvida pelo Guiabolso. O aplicativo, que tem mais de 6 milhões de usuários, é uma espécie de compilador de dados financeiros -- concentrando informações sobre o perfil de despesas, movimentações da conta corrente etc.

O objetivo é trazer parte dessa tecnologia, mediante consentimento de cada cliente, para dentro do serviço do Pan.

"Vai ser um bom exercício de como o mercado funcionará, como será o uso dos dados e como o cliente usará isso para tomar decisões", explica Krempel.

A princípio, o banco colocou no ar um piloto do sistema. Nessa primeira etapa, alguns clientes serão "convidados" a compartilhar dados que estão na base de outras instituições (por meio da plataforma do Guiabolso). Se houver o consentimento, o Pan terá acesso a um histórico mais completo desse grupo de correntistas.

Hoje, o carro-chefe do banco é a oferta de crédito para pessoas físicas. O superintendente do Pan conta que a integração dos dados vai ajudar a entender se o cliente está alocado na linha de financiamento mais adequada para a necessidade atual.

"Um cliente, por exemplo, que tem usado cheque especial de forma consistente pode ter uma oferta de crédito apropriado para um financiamento em prazo mais longo, em vez de recorrer sempre ao limite da conta", aponta Krempel.

Ele explica que os dados também serão úteis para entender melhor o perfil de risco dos correntistas novos do Pan. Com o histórico completo desse cliente, será possível conceder um limite de crédito maior, sem a necessidade de estabelecer um relacionamento mais duradouro com o banco para que isso aconteça.

"Estamos voltando a contatar clientes para o qual que não tivemos, antes, a chance de ofertar um cartão de crédito por não conhecer ou não ter informações suficientes", diz o executivo.

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