Para Campos Neto, o Pix tem a vantagem de permitir o rastreamento mais acelerado das contas, seja de laranjas, seja dos próprios criminosos (Victor Prilepa/Exame/Getty Images)
Reuters
Publicado em 27 de agosto de 2021 às 13h38.
Última atualização em 27 de agosto de 2021 às 13h47.
O Banco Central anunciará em breve medidas para aumentar a segurança do Pix, disse nesta sexta-feira o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, citando como possibilidade regras para que usuários possam eleger horários para bloquear o serviço.
O anúncio, feito em evento patrocinado pela Febraban, vem após veiculação de notícias relatando aumento do registro de sequestros relâmpago e roubos envolvendo transferência de recursos por meio do Pix.
"É muito importante passar a mensagem que a gente vai fazer todo o possível e imaginário para que o sistema seja o mais seguro possível e possa atender o maior número de pessoas", disse Campos Neto no evento Esfera Brasil.
Ele ponderou que as pessoas também podem ser vítimas de crimes com TEDs e DOCs e que o uso dos ATMs (caixas eletrônicos) também teve de sofrer ajustes para melhorar a segurança. Para Campos Neto, o Pix tem a vantagem de permitir o rastreamento mais acelerado das contas – seja de laranjas, seja dos próprios criminosos – envolvidas em eventuais golpes e crimes.
"O Pix vai ajudar nesse sentido porque é mais rápido do que o TED e que o DOC para rastrear", afirmou.
Campos Neto ressaltou que o Pix, instituído no ano passado em meio à pandemia, tem sido um importante instrumento de estímulo à bancarização e também tem impulsionado novos modelos de negócios. O sistema tinha 294,1 milhões de chaves registradas em julho, segundo o BC, e é o principal instrumento de pagamento utilizado pela população.