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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - A expansão do mercado imobiliário ocorre em todas as frentes. Mesmo com as facilidades de crédito na rede bancária para aquisição da casa própria e do impulso do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, a procura por consórcios de imóveis também cresceu no primeiro semestre deste ano, embora de maneira mais modesta, de acordo com balanço divulgado hoje (10) pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).
Os consórcios de imóveis contavam 562 mil participantes, no final de junho, o que representa crescimento de 8,7% em relação ao mesmo período de 2009. Isso porque mais 110,2 mil cotistas se integraram ao sistema entre janeiro e junho, com aumento de 12,2% na procura pelo sonho de ser contemplado com a moradia.
Sonho que se concretizou para 33,1 mil pessoas no primeiro semestre deste ano, enquanto no mesmo período de 2009 foram contemplados 31,1 mil cotistas.
O aumento do número de contemplados foi de 6,4%, comparados os dois períodos. Isso representou, porém, acréscimo de 11,1% em volume de recursos empregados. No primeiro semestre deste ano, os consórcios de imóveis desembolsaram R$ 3,093 bilhões com prêmios, o que dá uma média de R$ 93,446 mil por cada, ao passo que no mesmo período de 2009 os gastos foram de R$ 2,783 bilhões, ou valor médio de R$ 89,479 mil por cota.
De acordo com o presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, muitos fatores contribuem para a expansão do setor de consórcios, como a inexistência de juros, a flexibilização do uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no consórcio de imóveis, a maior presença das classes sociais C e D, o planejamento do consumidor e seu questionamento sobre a necessidade imediata, ou não, de aquisição do bem.
Segundo ele, "a segurança do emprego em uma economia aquecida" também contribui para o aumento do interesse por consórcio, que é uma poupança carimbada, com objetivo determinado. Rossi acrescentou que antes de fazer a opção, em geral o consumidor analisa e compara os custos com o propósito de fazer o melhor negócio patrimonial para si ou para a família, deixando de lado a compra por impulso.
O balanço da Abac não detalha os números pelas cerca de 100 administradoras de consórcios espalhadas pelo país. É sabido, porém, com base na última divulgação atualizada pelo Banco Central (BC), referente ao mês de abril deste ano, que as dez maiores administradoras concentram em torno de 75% de um mercado liderado por Bradesco e Caixa, que têm participação conjunta de 47% dos consórcios de imóveis.
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