Carteira da Geral Investimentos foi a mais rentável de 2012, com alta de 55,48% no ano (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 09h40.
São Paulo - Mensalmente, as corretoras sugerem o investimento em ações que elas acreditam que devem ter boa performance no mês por meio da divulgação de suas carteiras recomendadas de ações. Considerando a rentabilidade acumulada no ano de 2012, a Geral Investimentos foi a corretora cuja carteira teve melhor desempenho, com uma alta de de 55,48%, ante uma valorização de 7,40% do Ibovespa, principal índice de referência da Bolsa brasileira.
Entre as 22 corretoras que divulgaram a rentabilidade anual de suas carteiras recomendadas, nenhuma ficou com desempenho abaixo do Ibovespa em 2012. E das 10 corretoras que tiveram melhor desempenho no ano passado, a Wintrade, a Souza Barros e o BTG Pactual também figuraram entre os melhores resultados de 2011.
Veja na tabela abaixo o ranking das 10 corretoras cujas carteiras recomendadas tiveram as melhores rentabilidades em 2012:
Posição | Corretora | Rentabilidade em 2012* |
---|---|---|
1º lugar | Geral Investimentos | 55,48% |
2º lugar | Alpes/Wintrade | 52,81% |
3º lugar | Souza Barros | 52,04% |
4º lugar | Coinvalores | 44,60% |
5º lugar | Fator | 42,60% |
6º lugar | Rico/Octo Investimentos | 36,11% |
7º lugar | BI&P Banco Indusval & Partners Corretora | 35,26% |
8º lugar | XP Investimentos | 34,50% , |
9º lugar | BTG Pactual | 34,40% |
10º lugar | Pax Corretora | 34,08% |
(*) Informações divulgadas pelas corretoras.
Segundo o analista chefe da Geral Investimentos, Carlos Müller, os resultados da corretora que liderou o ranking foram beneficiados pela escolha de ações de empresas ligadas ao mercado interno e por uma análise aprofundada das empresas e da economia nacional e internacional.
A corretora obteve bons resultados, por exemplo, ao optar por empresas dos setores de varejo e shopping centers, e também pelo setor de construção civil, mesmo com um fraco desempenho das empresas do segmento de maneira geral. “Nós procuramos entender bem o que ocorre no mundo e no Brasil, e a partir desse primeiro diagnóstico vimos qual setor se beneficiaria mais nesse cenário”, diz Müller.
Segundo ele, as ações que mais beneficiaram a carteira em 2012 foram as das empresas Ambev, BR Malls e Eztec. Conforme o analista explica, são empresas que não têm alto endividamento, possuem boa geração de caixa e são mais conservadoras. “São empresas que se beneficiam em momentos de crise no mercado”, conclui.
A corretora Souza Barros teve o melhor desempenho em 2011 e em 2012 teve a terceira maior rentabilidade entre as corretoras que divulgaram os rendimentos anuais de suas carteiras.
Clodoir Vieira, economista-chefe da corretora Souza Barros, também atribui o bom resultado do ano passado ao foco em ações de empresas do mercado interno, além da retirada da carteira de ações de empresas como Petrobras, Vale e BM&FBovespa. “Nós tiramos as grandes empresas e as exportadoras e ficamos voltados para o mercado interno. Nós investimos em empresas menores, que não estão na vitrine e que são menos afetadas pela crise”, explica.
Para 2013, o economista ainda acredita em um ritmo de crescimento mais lento para o mercado nos primeiros meses, mas crê em uma maior aceleração para o final do ano. Dentro desse cenário, Vieira avalia que ações do setor de educação e varejo devem concentrar boas oportunidades para os investidores.
A Wintrade, corretora com a segunda carteira mais rentável de 2012, também afirma que a estratégia usada foi priorizar empresas ligadas ao mercado doméstico e de setores pouco afetados pela economia internacional. "A nossa estratégia, no geral, foi focar em ações de empresas de consumo e varejo e dentro dessa estratégia investir em empresas que acompanham a inflação", explica Bruno Gonçalves, analista responsável pela carteira da corretora.
Ele acrescenta que também buscou selecionar empresas com características mais defensivas, que não se afetam em momentos de crise. "A Multiplus foi uma das nossas principais recomendações. É um case mais defensivo em um cenário mais conturbado, como foi o de 2012, porque ela capturava setores como varejo, aviação e consumo, que são setores que crescem no cenário interno", diz.
Matéria atualizada às 16h56.