Contas: especialista em educação financeira recomenda organizar as contas em 5 pilares prioritários (MoMo Productions/Getty Images)
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Publicado em 17 de setembro de 2022 às 08h08.
Última atualização em 24 de setembro de 2024 às 16h49.
Com a inflação acumulada no ano chegando a 10,07%, fechar as contas mensais tem sido um desafio para muitas famílias brasileiras. Segundo dados de uma pesquisa realizada pela Boa Vista, empresa de inteligência analítica, diante dos preços elevados de alimentos, combustíveis e contas domésticas, 63% dos consumidores tiveram três ou mais contas em atraso, com dívidas a partir dos R$ 3 mil, no primeiro semestre do ano.
Um cálculo realizado em agosto pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra ainda que, com a alta dos preços, o salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.298,91, valor cinco vezes maior do que o salário mínimo atual, de R$ 1.212,00.
Com o dinheiro rendendo pouco, o que resta é olhar para as finanças e tentar se organizar e contornar a situação como possível. “Quando o salário não dá para o mês, a gente pensa que precisa se privar, mas não precisa. Existem algumas regrinhas que ajudam”, comenta Bruna Allemann, educadora financeira da Acordo Certo, fintech de renegociação de dívidas.
O primeiro passo, segundo a especialista, é fazer a divisão do salário. As prioridades devem ser pagar as contas e suprir as necessidades básicas da família em cinco pilares: alimentação, saúde, moradia, transporte e educação. Sendo assim, a conta ficaria:
A seguir, confira mais dicas e exemplos práticos que podem ajudar a reduzir os gastos mensais:
Hoje, o valor da cesta básica chega a quase R$ 750 em São Paulo. Nesse caso, considerando um trabalhador que recebe um salário mínimo, 70% do seu rendimento seria gasto com o valor da cesta. Em julho deste ano, o leite subiu mais de 25% no varejo e acumulou alta de quase 80% no ano, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Diante desse cenário, a educadora financeira orienta:
Até certo ponto, gastos com água, luz e gasolina também podem ser repensados. Em julho, entrou em vigor o aumento de até 63,7% das bandeiras de energia elétrica, reajuste aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Veja como economizar:
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