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1. Preços superam a inflação com folga
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1/6 (Ana Maria)
São Paulo - Aumento da renda, do emprego, do aluguel e dos alimentos. Colocadas todas as variáveis na mesa, comer fora de casa ficou mais caro para o consumidor brasileiro. Se em 2009 o desembolso médio com os restaurantes batia em 18,20 reais, em 2010 a média do valor gasto com almoços pulou para 21,11 reais, uma elevação de 16%. No mesmo período, a inflação medida pelo IPCA subiu quase um terço deste valor: 5,9%. É o que mostra estudo encomendado pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação (Assert), que pesquisou os preços de refeições com prato principal, bebida, sobremesa e cafezinho em 3.256 estabelecimentos que aceitam ticket refeição no país. “O IBGE já mostrou que cerca de 31,1% dos gastos das famílias com alimentação são destinados a refeições fora do lar”, ressalta Artur Almeida, presidente da Assert. Para ele, a maior participação da mulher no mercado de trabalho aliada à diminuição das famílias e à problemática mobilidade urbana dificultam o preparo do almoço em casa. “São aspectos favoráveis para o crescimento deste mercado que, somados à explosão no preço dos alimentos, ajudam a jogar os custos para cima.” Dentre as 22 cidades pesquisadas, conheça as cinco onde almoçar fora é mais salgado para o consumidor brasileiro.
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2. 1. Rio de Janeiro (RJ) - 26,57 reais
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2/6 (Riotur)
Embalada pelos investimentos com o pré-sal, Copa de 2014 e Olimpíadas de 2016, a euforia na construção civil é usada para justificar o descompasso entre a oferta e a demanda no Rio de Janeiro e, consequentemente, a escalada de preços na cidade. Para chegar ao valor médio da refeição, a pesquisa considerou os valores encontrados em self services, restaurantes à la carte e estabelecimentos que servem o famoso prato feito. No Rio, essa conta entregou um preço de 26,57 reais, valor 30,25% mais caro que o registrado em 2009. Como os dados foram colhidos entre os meses de novembro e dezembro do ano passado, o preço das refeições cariocas também foi afetado pela tabela cheia cobrada na alta temporada.
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3. 2. Santos (SP) - 26,34 reais
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3/6 (Tadeu Nascimento / Divulgação)
Os motivos que colocam Santos no segundo lugar do ranking se assemelham aos que consagraram o Rio como a cidade mais cara para comer fora. Segundo Artur Almeida, a cidade também recebe um fluxo significativo de visitantes e vê seu mercado aquecido em função de novos investimentos na área de petróleo. Além disso, os restaurantes à la carte cobram uma média de 43,60 reais pelo almoço, patamar que ajuda a puxar o preço médio da refeição para 26,34 reais.
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4. 3. Brasília (DF) - 22,77 reais
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4/6 (Cláudia)
"Em Brasília costumamos justificar os preços altos pela renda per capita, a mais elevada do Brasil", afirma o economista da UnB Roberto Piscitelli. Para almoçar fora de casa, o consumidor gasta uma média de 22,77 reais na capital federal. Com traços urbanos planejados e divididos por longas avenidas, o deslocamento pela cidade exige que o indivíduo percorra grandes distâncias, reforçando a procura por refeições fora de casa. "Há de se considerar que o dinheiro corre um pouco mais solto por aqui", acrescenta Piscitelli. "Brasília é a administração central, tem representações estrangeiras e conta pessoas de todos os cantos que vêm para estabelecer contatos e fazer lobby. Muitas delas têm as refeições custeadas por empresas ou contam com verbas de representação."
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5. 4. Campinas (SP) - 22,26 reais
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5/6 (Quatro Rodas)
Para o presidente da Assert Artur Almeida, não há outro motivo que explique o quarto lugar ocupado por Campinas que não a disparidade entre as refeições mais caras e as mais baratas encontradas na cidade. Enquanto o prato feito é encontrado por uma média de 12,83 reais, os restaurantes que trabalham com cardápio cobram uma média de 35,43 reais pelo almoço completo.
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6. 5. São Paulo (SP) - 21,72 reais
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6/6 (Acervo SP Turis)
Com incontáveis restaurantes, São Paulo conta, de longe, com o maior leque de opções para quem pretende almoçar fora. Segundo a São Paulo Turismo, são mais de 12.500 estabelecimentos a gosto do freguês. A concorrência ajuda a equilibrar os preços. Não por menos, o preço médio das refeições se aproxima da média apurada no país: 21,72 reais na megalópole, contra 21,11 reais no Brasil.