Gestores: empresas estatais, bancos e outras ações com maior exposição à economia doméstica estão entre as opções (Germano Lüders/Exame)
Marília Almeida
Publicado em 26 de outubro de 2018 às 09h32.
Última atualização em 30 de outubro de 2018 às 12h35.
O mercado acionário brasileiro tem se destacado neste mês, subindo 14% em dólares e registrando a melhor performance do mundo, enquanto os pares vacilaram.
O salto tem sido impulsionado por previsões de que Jair Bolsonaro vencerá o segundo turno das eleições presidenciais neste domingo - a Eurasia coloca as chances de vitória do parlamentar em 85% - e reforçará as contas públicas, descartando regulamentações onerosas e restaurando a confiança em uma economia que está saindo da pior recessão em um século.
Para os investidores que se perguntam se ainda há tempo de entrar no rali, analistas de algumas das maiores casas que cobrem Brasil estão apontando empresas estatais, bancos e outras ações com maior exposição à economia doméstica.
"Ainda há muitos negócios a preços razoáveis e de alta qualidade no mercado de ações", disse William Pruett, gestor da Fidelity em Boston, que administra o Fidelity Latin America Fund, de US$ 450 milhões. Suas empresas favoritas são aquelas que se beneficiam de uma economia local robusta, incluindo as do setor financeiro, companhias aéreas, saúde e educação.
Aqui está uma compilação de escolhas de Bank of America Merrill Lynch, Citigroup, Itaú BBA, Santander e UBS.
Cemig, Gol, CVC, Magazine Luiza, Santander Brasil, Banco do Brasil, B3 e Petrobras estão entre as ações favorecidas pelo banco no Brasil.
O Citigroup tem sete empresas brasileiras em sua Focus List para a América Latina. Engie BrasiL Energia, Gerdau, Iochpe Maxion, Petrobras, TIM, Vale e Via Varejo.
A lista do Itaú BBA para Brasil conta com Azul, Banco do Brasil, Bradesco, Bradespar, Cemig, Copasa, Estácio, Gerdau, Petrobras e Localiza.
As seis principais escolhas do banco são Petrobras, CVC, Energisa, Itaú Unibanco, Iochpe Maxion e Rumo. Recentemente, o Santander elevou as ações brasileiras para overweight e estabeleceu alvo de 105.000 pontos para o Ibovespa.
Oito ações brasileiras estão entre as 15 ações preferidas pelo UBS na América Latina: TIM, Itaú Unibanco, BB Seguridade, Fleury, Equatorial Energia, Banco do Brasil.