Invest

Ampliação de portfólio e aposta Open Finance: a estratégia do Bom Pra Crédito para crescer

Bom Pra Crédito reajusta rota e deve crescer 132% em oferta de produtos financeiros

Leonardo Grapeia: "oito meses atrás, 90% da nossa operação era de crédito pessoal" (Bom Pra Crédito/Divulgação)

Leonardo Grapeia: "oito meses atrás, 90% da nossa operação era de crédito pessoal" (Bom Pra Crédito/Divulgação)

Karla Mamona
Karla Mamona

Editora de Finanças

Publicado em 27 de novembro de 2024 às 11h39.

Última atualização em 27 de novembro de 2024 às 12h05.

O Bom Pra Crédito está redefinindo sua estratégia de negócio. O objetivo é se tornar uma wallet financeira, deixando de ser apenas uma provedora de empréstimos pessoais para oferecer mais produtos e serviços financeiros em sua plataforma digital. Entre eles estão empréstimo com opções de garantia de imóvel, veículo e celular; linhas de crédito para MEIs e autônomos; antecipação de salário, entre outros.

O reajuste de rota foi ousado. A plataforma digital deixou de focar no produto principal, que era o crédito pessoal, para aumentar os outros produtos do portfólio. “Oito meses atrás, 90% da nossa operação era de crédito pessoal. Hoje, esta atividade representa 52% do nosso marketplace. E até dezembro, a tendência é que caia para 44%”, diz Leonardo Grapeia, membro do Conselho Consultivo do Bom Pra Crédito.

Com a mudança de estratégia, a receita da Bom Pra Crédito deve chegar a R$ 11,4 milhões até dezembro, o que representa um crescimento de 15% na comparação com 2023. Além disso, na comparação com o ano passado, houve um crescimento de 60% na oferta de produtos de crédito. Para 2025, a empresa projeta alta de 132%, chegando a R$ 249 milhões em originação de crédito.

Open Finance

Um dos pilares de crescimento da empresa é o Open Finance, sistema financeiro aberto, que permitire o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central. O Bom Pra Crédito tem buscado parcerias estratégicas, que estão sendo formadas para aumentar a variedade de serviços e produtos oferecidos, visando atrair e fidelizar clientes com prazos e juros personalizados, que podem ser melhorados com garantias, como produtos ou salário.

“Buscamos facilitar a jornada do cliente e a adesão aos nossos produtos e serviços, apostando em APIs que cobrem todo o processo. O volume e a diversidade de oferta dependem do aumento da demanda. Quanto maior o acesso e as adesões, mais podemos individualizar condições e despertar ainda mais interesse”, detalha Grapeia.

O Open Finance permite ainda que a empresa tenha um acesso mais rápido e detalhado às características e necessidades dos clientes. Isso requer habilidades para filtrar e processar essas informações, identificar oportunidades e potencializar trocas e sinergias com outros integrantes do ecossistema.

Para preencher lacunas deixadas por grandes instituições, a Head da BPC, Bruna Cerqueira, defende processos específicos para cada tipo de oferta na plataforma: “Os requisitos não podem ser os mesmos para todas as demandas. Desenvolvemos etapas específicas e modelos de microsserviços para cada produto”, diz. A longo prazo, a plataforma pretende diversificar ainda mais, oferecendo opções como Bom Pra Comprar, Bom Pra Investir e serviços de seguro, fortalecendo a marca como referência em crédito.

Acompanhe tudo sobre:Banco Centralcredito-pessoalFintechs

Mais de Invest

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Alavancagem financeira: 3 pontos que o investidor precisa saber

Boletim Focus: o que é e como ler o relatório com as previsões do mercado

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio