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8 razões para você abandonar seu carro

Com congestionamentos e altos gastos, desistir da vida com carro pode ter muitas vantagens; veja por quê


	Para quem não percorre longas distâncias para ir ao trabalho, o táxi pode sair mais barato
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Para quem não percorre longas distâncias para ir ao trabalho, o táxi pode sair mais barato (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2013 às 10h31.

São Paulo – Pesquisas mostram que para quem não percorre longas distâncias no dia a dia, usar táxi pode ser mais econômico do que usar um carro. Para quem se enquadra nessa situação, ou tem fácil acesso ao transporte público, abandonar o carro pode ser algo libertador, por uma série de motivos.

Além do impacto no orçamentoem grandes cidades outro fator que tem pesado contra os carros são os congestionamentos. Mesmo quem não tem problema em arcar com os custos de manter um veículo tem se incomodado com a perda de tempo no trânsito e já entendeu que abrir o notebook em um táxi ou encarar um metrô lotado pode ser melhor do que se sentar diante do volante e se estressar com os engarrafamentos.

Estudo realizado anteriormente por EXAME.com, em parceria com a Academia do Dinheiro, comparou os custos anuais de manter um carro e de utilizar táxis para ir e voltar do trabalho em dias úteis em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. Como conclusão, o levantamento mostrou que nesses locais, em média, quem percorre até 10,5 quilômetros por trecho, gasta menos se utilizar apenas táxis.

De qualquer forma, sentir ou não sentir falta do carro dependerá totalmente do tipo de uso que você faz e das alternativas de locomoção que você teria. Quem pode usar ônibus fretados, por exemplo, ou mora perto de uma estação de metrô, pode ver muitas vantagens. Assim como para alguém que tem um parente ou uma pessoa próxima que tem um carro e que pode ser usado em uma situação de emergência.

A seguir estão algumas razões pelas quais você deveria, se não abandonar completamente, ao menos considerar como seria uma vida sem carro. Leia e avalie se elas fazem sentido para você. 

1) Não sofrer com a depreciação do seu bem

Diferentemente de um imóvel, é praticamente impossível um carro ganhar valor com o tempo. Isso só acontece com alguns poucos veículos antigos que se tornam alvo de colecionadores.

Na última pesquisa sobre depreciação da agência Autoinforme em parceria com a Molicar, o carro que menos se depreciou, o Fiat Uno, perdeu nada menos do que 6,7% do seu valor depois de um ano de uso. Por isso, não há escapatória, de fato carro não é investimento. 

2) Ficar longe do aumento do preço dos combustíveis

Como se não fosse suficientemente chato parar no posso de combustível para abastecer o carro, o motorista ainda precisa lidar com certa frequência com a ingrata surpresa de pagar cada vez mais para encher exatamente o mesmo tanque. Ainda que estejamos em um momento de trégua, já que a presidente da Petrobras descartou o aumento do combustível por ora, infelizmente o próximo aumento alguma hora há de vir. Mais cedo ou mais tarde, quem tem carro sempre fica a mercê das oscilações dos preços. 


3) Evitar gastos com taxas e impostos

Ninguém gosta de saber que junto com o décimo terceiro também vêm os fatídicos gastos extras do começo do ano. Pois sem carro, parte deles pode ser limada, como o IPVA (que varia entre 1% a 4% do valor do carro, dependendo do estado), o licenciamento, o DPVAT e a inspeção veicular (em algumas cidades). 

4) Dizer tchau aos gastos e à perda de tempo com manutenção

A lista de gastos com manutenção do carro é extensa. Levantamento feito por EXAME.com mostrou que entre as despesas regulares podem ser incluídas a revisão, que varia entre 100 a 600 reais, a troca de óleo, que pode variar entre 100 e 170 reais, a troca do filtro de ar, que oscila entre 20 a 60 reais, a troca do filtro de combustível, que varia de 20 a 200 reais, a troca da pastilha de freios, que pode custar entre 50 a 170 reais, o balanceamento dos pneus, que fica entre 50 a 150 reais, a troca de pneus, que pode variar entre 100 e 700 reais, o alinhamento da direção, que consome entre 50 e 150 reais, e lavagem, que varia entre 10 e 50 reais. 

Considerando que o motorista em um mês tivesse que fazer todas essas manutenções, seu gasto médio com elas seria de 1.375 reais.

5) Não se surpreender com gastos inesperados

Quem tem carro sabe que é preciso estar sempre preparado para despesas inesperadas, e pode-se dizer que são raros os meses em que a conta do carro inclui apenas gastos previstos. Entre despesas eventuais, podem ser incluídos: o valor da franquia do seguro em caso de acidente, reparos, o custo do pedágio em uma viagem, multas de trânsito e por aí vai.

6) Dizer adeus aos estacionamentos, flanelinhas e afins

Os gastos com estacionamentos em algumas cidades beiram o absurdo. No Rio de Janeiro, as mensalidades são tão elevadas, que no centro da cidade existem até mesmo vagas de garagem vendidas por 100 mil reais.

E mesmo quem tem estacionamento em casa e no trabalho precisa se sujeitar vez ou outra a deixar o carro em um estacionamento, seja ao ir ao shopping, a um restaurante, ou a uma festa. E em eventos grandes a situação é crítica: flanelinhas chegam a cobrar 150 reais em shows internacionais - conforme constatou uma reportagem da TV Globo -, e mesmo em partidas de futebol rotineiras, deixar menos de 10 reais para estacionar em um lugar que é público é praticamente impossível, além de ser arriscado.

6) Livrar-se do seguro e viajar para a Europa

Além de gastar com manutenção, combustível, estacionamento, imposto, eventuais reparos e multas, quem tem um carro em cidade grande precisa pagar também o seguro – a não ser que goste de viver sob alta tensão. E os preços não são baratos. Todo ano o proprietário precisa desembolsar algo como 5% do valor do seu carro com o seguro. Com o preço médio pago pelo seguro de uma Chevrolet S10, por exemplo, que custa 2.726,40 reais, seria possível pagar todo ano (e com muito mais prazer) passagens de ida e volta para a Europa. 


7) Economizar tempo no trânsito e, consequentemente, dinheiro

Pesquisas e mais pesquisas comprovam por 'A' mais 'B' a veracidade do velho clichê “tempo é dinheiro”. Uma das mais recentes, da Fundação Dom Cabral, mostra que os engarrafamentos no trânsito causam prejuízo de 7,6 mil reais por ano em média para cada proprietário de carro em São Paulo e no Rio de Janeiro, considerando o gasto com combustível e o tempo que poderia ter sido gasto de maneira mais produtiva. E considerando só a perda de tempo, o prejuízo é de 6,1 mil reais. 

Claro que, mesmo sem carro, o trânsito ainda poderá consumir seu tempo, mas é provável que você gaste menos tempo para se deslocar de metrô. Ou caso você passe a usar um táxi ou um ônibus, por mais que você fique o mesmo tempo no congestionamento, ao menos sem dirigir existe a opção de adiantar alguns afazeres no notebook, ou mandar alguns e-mails pelo seu smartphone.

8) Você pode alugar um carro por algumas horas se for preciso

Com a possibilidade de alugar um carro, o ex-proprietário pode ter um veículo à sua disposição sem arcar com os seus custos fixos.

Desde 2010, a empresa de compartilhamento de veículos Zazcar disponibilizou aos paulistanos a opção de alugar um carro por algumas horas em diferentes pontos da cidade. Essa modalidade de aluguel de veículos tem ganhado popularidade em mercados maduros como Estados Unidos e Europa. O cliente pode reservar o carro pela internet e pegá-lo em um posto da Zazcar. As tarifas partem de 6 reais a hora, ou 49 reais a diária.

Se o ponto de retirada do carro for próximo ao local onde você mora, é possível fazer uma boa economia alugando um carro em vez de pagar um táxi. O aluguel também pode ser uma boa alternativa para quem viaja em grupos, já que se o valor for dividido entre algumas pessoas, o custo para cada uma pode sair mais em conta do que a passagem de ônibus. 

Além da Zazcar, diversas outras empresas trabalham com o aluguel de carros, mas cobram a diária e não a hora de uso. No site Carro Aluguel é possível pesquisar os valores de aluguel disponíveis para a data buscada em 44 locadoras diferentes, em 144 cidades.

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