Minhas Finanças

5 seguros nada óbvios que valem muito a pena

Coberturas menos conhecidas que têm bom custo-benefício e poupam o segurado de fortes dores de cabeça

Nenhuma casa está livre de incêndios, uma das coberturas básicas do seguro residencial (Adrian Adrian/SXC)

Nenhuma casa está livre de incêndios, uma das coberturas básicas do seguro residencial (Adrian Adrian/SXC)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2012 às 09h01.

São Paulo – Seguro de carro e planos de saúde médicos e odontológicos são proteções já consideradas obrigatórias pelos brasileiros. O custo-benefício é alto, pois é quase certo que o beneficiário vai precisar acionar o seguro em algum momento da vida. Quem tem família também costuma considerar fazer um seguro de vida, para amparar seus entes queridos no evento inevitável de sua morte.

Mas existem seguros menos conhecidos que podem livrar o segurado de imensas dores de cabeça e verdadeiras facadas no bolso. Eles acabam valendo a pena porque são muito baratos em relação ao valor do bem segurado, ou então porque o custo absoluto do prêmio é baixo em comparação à exposição dos bens segurados a ladrões e acidentes. Veja a seguir cinco tipos de seguros que não deveriam ser dispensados:

Seguro-residencial

O seguro residencial é um dos que têm melhor custo-benefício no mercado, pois normalmente não chega a custar mais do que 1% do valor do imóvel. O seguro não é barato em termos absolutos, mas é uma mão na roda para quem tem um imóvel exposto a desastres naturais ou assaltos. Reformar um imóvel danificado ou repor os bens roubados será, certamente, muito mais caro.

A cobertura básica inclui danos ao imóvel e ao seu conteúdo provocados por incêndio, explosão e fumaça, mas é uma boa ideia proteger os bens contra roubo e furto. Até aparelhos eletrônicos estão cobertos. Há outras coberturas adicionais, como vendaval, danos elétricos (provocados por raios), quebra de vidros, impacto de veículos e aeronaves, home office e responsabilidade civil familiar (cobertura para danos provocados por pessoas da família a terceiros dentro e até fora da residência).

O valor da apólice é calculado sobre o custo de reconstrução da casa e o valor real dos bens em seu interior, e não pelo valor do imóvel ou o valor de nota dos objetos. Na Porto Seguro, por exemplo, um seguro com a cobertura básica (sem franquia), danos elétricos, subtração de bens e responsabilidade civil familiar no valor total de 245.000 reais custará, anualmente, 189,76 reais para um apartamento localizado em São Paulo. Isso corresponde a 0,07% do valor da cobertura. Já para uma casa, o custo seria de 495,34 reais por ano, ou 0,20% do valor da apólice.

Mesmo se decidir incluir as assistências 24 horas – chaveiro, reparos elétricos e hidráulicos e conserto da linha branca – o cliente da Porto Seguro ainda pagaria um pequeno percentual do valor da apólice no seu seguro. O mesmo apartamento com a mesma cobertura sairia por 309,07 reais anuais, ou 0,12% do valor da apólice. E a mesma casa custaria 637,29 reais, ou 0,26% do valor da cobertura.

Seguro para cartões de banco

O seguro para cartões de crédito e débito pode valer muito a pena para quem mora em metrópoles como Rio e São Paulo, onde assaltos e sequestros relâmpagos são recorrentes. Por um valor mensal inferior ao das tarifas mais básicas de manutenção de conta, o correntista fica coberto por saques feitos mediante coação – caso dos sequestros relâmpago – ou compras e saques realizados após roubo ou furto do cartão. Em geral, compras indevidas feitas pela internet não são cobertas.


O prêmio é debitado diretamente da conta-corrente e o sinistro deve ser comunicado no mesmo dia em que ocorrer – saques ou compras indevidas podem não ser reembolsados se a comunicação demorar demais. Por isso, faça esse seguro apenas para os cartões usados no dia a dia, cuja ausência será sentida prontamente.

No Itaú, por exemplo, a proteção para o cartão de débito custa 2,70 reais por mês, ao passo que no Santander o seguro sai por 2,60 reais para o cartão de débito e 3,60 reais para o cartão de crédito. Ou seja, cerca de 30 ou 40 reais por ano, um valor particularmente interessante principalmente para quem possui uma conta-salário ou conta isenta de tarifa.

Essa quantia não chega a 2% do valor da cobertura. A cobertura para roubo ou saque mediante coação varia bastante, mas pode ser bem alta. No caso dos cartões de débito, esse valor é de 2.500 reais no Santander, mas ultrapassa os 60.000 reais no Itaú. No caso dos cartões de crédito, a cobertura em geral é no valor do limite do cartão. Existem ainda outras coberturas, de valores menores, para invalidez, morte e despesas médicas em consequência do crime.

Seguro-viagem

O seguro-viagem poderia ser apelidado de “não saia de casa sem ele”. A dor de cabeça e os custos de ter a bagagem extraviada ou um problema de saúde durante a viagem podem ser enormes. Para alguns países, como Cuba, Alemanha, França e Portugal, o seguro-viagem é obrigatório. Nos EUA, o seguro é opcional, mas os custos com consultas, internações e exames podem ser estratosféricos.

As seguradoras geralmente oferecem planos nacionais e internacionais. Para quem tem um plano de saúde que cubra todo o território nacional, o seguro para viagens domésticas pode até ser dispensado. Mas o valor do prêmio é tão modesto, que pode ser bom contratá-lo ao menos para se proteger contra um extravio de bagagem.

Na SulAmérica, por exemplo, o plano nacional custa 37,54 reais e garante localização de bagagem, orientação em caso de perda de documentos, viagem emergencial de regresso, hospedagem de acompanhante em caso de emergência, além das coberturas tradicionais de assistência médica, farmacêutica e odontológica.

Para sair do país, contratar um seguro-viagem é fundamental. Uma bateria de exames e a medicação para uma simples infecção urinária nos Estados Unidos pode custar algo na casa dos 15.000 dólares para quem não tem seguro. E uma boa apólice não costuma custar mais do que 300 reais para um período de sete a dez dias. Mas há boas coberturas por 100 reais.

Na Assist-Card, os seguros para os EUA custam de 100 a 230 reais, com cobertura de 50.000 a 1.000.000 de dólares, incluindo assistência médica, medicação, odontologia de emergência, repatriação, traslado e estadia de um parente, retorno antecipado, localização de bagagem, cobertura por morte, indenização por perda de bagagem, entre outras coberturas.


A maioria das seguradoras, porém, não inclui o tratamento em caso de acidentes durante a prática de esportes radicais, como esqui e snowboard. Para isso, é preciso contratar uma cobertura específica. Na corretora Kalassa, especializada em esportes de aventura, o seguro-viagem inclui cobertura de até 50.000 dólares ou 30.000 euros para acidentes decorrentes da prática esportiva, por um prêmio que varia de 300 a 400 reais.

Seguro para eletrônicos portáteis

O seguro para portáteis como tablets, smartphones, câmeras fotográficas e notebooks é caro, pois custa, anualmente, de 12% a 15% do valor do aparelho. Mas para quem carrega o seu brinquedinho por aí ou depende dele para trabalhar, pode valer muito a pena.

Um iPhone de 2.600 reais, por exemplo, pode ser considerado caro até para um smartphone. O custo anual do seu seguro sairia por algo entre 300 e 400 reais, parceláveis em quatro vezes sem juros. Mas o valor absoluto pesa pouco no bolso se pusermos na balança que iPhones são visados por ladrões, são aparelhos delicados e expostos a acidentes e que ficar sem celular por alguns dias é uma tremenda dor de cabeça.

Na Porto Seguro, a cobertura básica para aparelhos portáteis inclui apenas danos por acidente, mas a maioria dos clientes também contrata a cobertura para roubo e furtos que deixem vestígios (como arrombamento da casa ou um rasgo feito propositalmente na bolsa). O seguro engloba tanto assaltos na rua quanto em residência. Há ainda coberturas extras para danos elétricos, acessórios não originais e viagens ao exterior. O valor da apólice equivale ao valor de nota do aparelho novo, ou ao valor depreciado, caso ele tenha sido comprado a mais de seis meses.

Seguro para bicicletas esportivas

Quem decidiu levar um pouco mais a sério o hobby de pedalar e comprou uma bicicleta de alguns milhares de reais não deveria pensar em deixá-la sem seguro. Principalmente se você costuma andar na rua ou parques públicos de grandes cidades, onde as bikes são muito visadas por ladrões.

Já existe no Brasil seguro para bicicletas esportivas que custam de 5.000 a 50.000 reais. É o mesmo caso dos aparelhos eletrônicos: o seguro não é barato, pois custa de 3,5% a 7% do valor da bike, mas convenhamos que 5.000 reais por uma bicicleta não é nenhuma pechincha.

A corretora Kalassa oferece cobertura de roubo durante a prática esportiva, na residência e durante o transporte, assim como dano ao transportar a bicicleta. O seguro só não cobre, portanto, danos à bicicleta durante a prática esportiva. O carro-chefe da corretora é o seguro para bikes da ordem dos 15.000 reais, que sai por 950 reais ao ano, parceláveis em quatro vezes. É pouco menos de 7% do valor da bicicleta.

Acompanhe tudo sobre:Par CorretoraSegurosSeguros de viagemSeguros residenciaisViagensviagens-pessoais

Mais de Minhas Finanças

Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 3,5 milhões nesta quarta-feira

Fila do INSS sobe e chega a quase 1,8 milhão; aumento em três meses é de 33%

Mega da Virada 2024 inicia apostas com prêmio recorde de R$ 600 milhões

Influenciadoras de Wall Street: como elas estão democratizando as finanças pessoais