Minhas Finanças

5 lições do Japão para investidores

Veja o que a tragédia no Japão pode ensinar para quem investe no mercado financeiro

Desastre no Japão pode esconder lições para quem investe no mercado de ações (Yomiuri Shimbun/AFP)

Desastre no Japão pode esconder lições para quem investe no mercado de ações (Yomiuri Shimbun/AFP)

Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 17 de março de 2011 às 09h51.

São Paulo – Nos últimos dias, o Japão vem sendo atormentado por uma série de desdobramentos causados pelo terremoto de magnitude 8.9 na escala Richter que atingiu o paíse recentemente. Com a ameaça de um desastre nuclear e regiões do país caindo aos pedaços, seria impossível que o mercado financeiro se mantivesse intacto. Tanto não ficou, que os impactos da tragédia japonesa na economia, local e mundial, começam, pouco a pouco, a emergir.

Pensando nos sinais que as bolsas asiáticas podem estar enviando aos investidores, a jornalista de finanças e blogueira do site Moneywatch.com, Jill Schlesinger, lista 5 lições vindas da terra do sol nascente para os investidores. Confira:

1 – Não tome decisões com base na emoção

Nada nunca é tão bom ou tão ruim quanto parece. Ou seja, tomar decisões precipitadas pode ser prejudicial no futuro. Jill explica que existe a preocupação de que a recente crise no Oriente Médio combinada com o que está acontecendo no Japão assuste os investidores e faça com que eles tirem seu dinheiro do mercado, num movimento similar ao que ocorreu no ano passado com a crise da dívida na Europa. O resultado disso, segundo Jill, é que, quem deixou de investir, também deixou de colher os frutos de um ano de sólida recuperação do mercado.

2 – Não aposte em apenas um país

Quem colocou todo o seu dinheiro no Sri Lanka no ano passado deve ter obtido ótimos resultados, uma vez que a Bolsa de Colombo foi considerada pela Bloomberg como uma das melhores performances de 2010. Mas Jill acredita que o melhor a ser feito é diversificar, o máximo possível, o país no qual se investe, levando em conta que, na maioria das vezes, ações individuais raramente valem o risco que têm.

3 – Diversifique seu portfólio

No período entre o ano 2000 e 2010, aponta Jill, uma carteira formada por ações e títulos registrou melhor desempenhosno mercado que um portfólio agressivo formado apenas por ações. Portanto, a palavra de ordem para tentar garantir retorno aos investimentos é diversificação.

4 – Não tente segurar uma faca caindo

A jornalista lembra de uma antiga e valiosa lição ensinada por Wall Street e recomenda cautela aos investidores mais afobados que têm a intenção de comprar ações do Japão. Ainda é muito cedo para saber qual a extensão dos danos que o desastre pode causar no mercado financeiro, portanto, comprar papéis japoneses pode ser uma roubada.

5 – Espere pelo inesperado

Depois do terremoto, todos previram que as consequências para o mercado financeiro seriam negativas e imediatas. Expectativas equivocadas, considera Jill. Afinal, em seguida, os mercados europeus de fato caíram, mas apenas cerca de 1%. O pior momento ficou para seguradoras, a maioria com sede na Alemanha. Mas bolsas na China e na Coreia, por exemplo, tiveram um bom desempenho, apesar da desconfiança de que fossem ceder aos tremores vindos do Japão.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeiraspatrimonio-pessoal

Mais de Minhas Finanças

Proclamação da República: veja o funcionamento dos bancos nesta sexta-feira

Mega-Sena sorteia prêmio de R$ 3,5 milhões nesta quarta-feira

Fila do INSS sobe e chega a quase 1,8 milhão; aumento em três meses é de 33%

Mega da Virada 2024 inicia apostas com prêmio recorde de R$ 600 milhões