Faltou dinheiro? Esses sites e apps podem ser a sua luz no fim do túnel (jinga80/Thinkstock)
Anderson Figo
Publicado em 25 de outubro de 2018 às 05h00.
Última atualização em 25 de outubro de 2018 às 12h02.
São Paulo — Tem sido difícil fechar o mês no azul, não é mesmo? Às vezes, é impossível. Se você acha que um aumento de salário neste momento é bastante improvável, a saída pode estar no reforço do orçamento através de sites e aplicativos que proporcionam renda extra e podem te tirar do sufoco.
A primeira coisa a fazer é parar de mentir a si mesmo. "Ter dificuldades com a gestão do dinheiro é, infelizmente, um traço natural dos seres humanos. Não é uma coisa positiva, mas, por outro lado, não é algo do qual devemos nos envergonhar, pois simplesmente é parte de nossa natureza sermos bagunçados com o dinheiro", diz o consultor financeiro André Massaro, autor do blog Você e o Dinheiro.
Para ajudar quem precisa de renda extra, mas não sabe onde encontrar, o site EXAME listou 10 sites e apps que podem te ajudar a reforçar o orçamento no fim do mês. Eles são um complemento à lista que publicamos há dois anos e que ainda pode ser utilizada como referência. Confira abaixo.
É responsável e gosta de animais de estimação? Que tal ganhar dinheiro cuidando dos pets de desconhecidos como se fossem seus? Essa é a proposta do DogHero. O serviço custa entre 25 e 35 reais e tem uma estratégia parecida com a da Uber: os passeadores ficam com uma parte do dinheiro e a empresa fica com a outra.
Com pessoas cadastradas na plataforma como dog walkers, os usuários de smartphones podem agendar passeios de forma avulsa, programada ou por meio de pacotes com desconto. Todo o passeio é monitorado no aplicativo, graças ao sinal de GPS do trabalhador.
Quem quiser atuar como passeador de cachorros parceiro da plataforma —assim como na Uber, não há vínculo empregatício com a empresa— precisa ter 18 anos, preencher o cadastro no site oficial da DogHero e passar por um treinamento antes de começar a atender os clientes.
Quem trabalha com isso ganha 15 reais nos passeios de 30 minutos (que custam 25 reais aos clientes) e 21 reais nos passeios de uma hora (que saem por 35 reais).
A empresa faz checagem de antecedentes criminais e de denúncias em órgãos protetores dos animais antes de aceitar uma pessoa no aplicativo. Denúncias de maus tratos durante passeios levam ao descadastramento do profissional.
A Méliuz é um programa de fidelização que devolve dinheiro para o próprio comprador. O usuário se cadastra, busca lojas virtuais de sua preferência e ofertas, ativa a opção de cashback e realiza a compra.
Assim que o pedido for confirmado pelo e-commerce, o usuário pode acompanhar seu extrato de dinheiro a receber pelo aplicativo ou site do Méliuz. Quando juntar 20 reais ou mais, é possível pedir o depósito gratuito em uma conta bancária de escolha.
O cashback oferecido pelo Méliuz não é desconto nem crédito, mas sim dinheiro devolvido diretamente ao consumidor, para gastar em qualquer finalidade. O benefício não possui prazo de expiração.
Nas lojas físicas, o procedimento é diferente: o usuário deve baixar o aplicativo do Méliuz e cadastrar o cartão de pagamento (débito, crédito, vale refeição e alimentação). No ato do pagamento, basta pagar com o cartão cadastrado no app do Méliuz em uma máquina da Cielo.
O cashback é confirmado no extrato do Méliuz automaticamente. Ao completar 20 reais de saldo, basta informar os dados bancários e solicitar gratuitamente o resgate do valor para sua conta ou poupança, pelo site ou app do Méliuz.
Para o usuário, todo o processo é gratuito —não são cobradas taxas de transferência do dinheiro, por exemplo. É preciso ter uma conta no banco para realizar o depósito. O valor que o usuário receberá de cashback depende da empresa da qual ele comprou os produtos.
Sabe aquela roupa que você continua guardando, mas nem usa mais? Por que não colocá-lá à venda? Simples de mexer, o aplicativo da Enjoei é ótimo para se desfazer daquelas coisas que você já está enjoado e encontrar outras novas ou usadas.
Apesar de ser aberto para todos, a maior parte do público é feminino e a maioria dos produtos disponíveis são roupas e acessórios. Também vale lembrar que, caso você vá vender algo, será descontada uma taxa de 20% do valor do produto.
Em contrapartida, o aplicativo sempre faz promoções para incentivar o fluxo de compras. O preço das mercadorias é definido pelo próprio anunciante, que cria sua própria "lojinha". O app avisa quando o produto estiver sendo bastante demandado.
É possível vender o produto e combinar a entrega pessoalmente com o próprio comprador ou também é possível embutir no preço o custo dos Correios —o próprio app gera uma etiqueta para ser utilizada pelo vendedor na hora de enviar o produto.
Os vendedores são avaliados pelos compradores e, com isso, é possível verificar a reputação de cada um antes de efetuar a compra. Os compradores efetuam o pagamento através do app, que só repassa o dinheiro ao vendedor dias após a compra ter sido concluída.
Ama cozinhar pratos típicos brasileiros, como uma boa feijoada, e gosta de receber pessoas em casa? Você pode ganhar dinheiro fazendo comida para viajantes estrangeiros. É o que propõe o site Travelling Spoon.
Joaquin Abal, diretor do site na América Latina, busca anfitriões brasileiros por todo o país, especialmente que vivam em cidades mais turísticas, como Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Fortaleza e Salvador.
Apesar do anfitrião poder cobrar o preço que quiser, Abal recomenda que os usuários sempre verifiquem o que anfitriões próximos dele estão cobrando, para conseguir colocar um preço mais justo e atrair mais convidados.
Segundo ele, cozinheiros amadores que se cadastram na plataforma recebem, em média, de 40 a 50 dólares por pessoa; enquanto um cozinheiro profissional pode cobrar 150 dólares por pessoa. As refeições podem ser feitas para até seis convidados.
Em uma região com alta demanda de viajantes, quem se cadastra na plataforma consegue fazer uma ou duas refeições para convidados por mês, para uma média de três convidados por refeição.
Ou seja, o valor vai depender da experiência do cozinheiro, localização da sua casa e tipo de experiência.
Todo ano, cerca de 25 bilhões de milhas aéreas e 50 bilhões de pontos de cartão de crédito que poderiam ser trocados por passagens expiram por falta de uso. Para diminuir esse prejuízo, surgiu a MaxMilhas. É uma plataforma online nascida em Belo Horizonte de compra de passagens aéreas e venda de milhas que já movimentou bilhões de milhas.
Quem quer comprar uma passagem deve entrar no site e escolher, data, destino e número de passageiros. A MaxMilhas mostra as opções cheias, oferecidas pelas companhias aéreas, e as opções com milhas de outros usuários. O usuário deve escolher a melhor opção, preencher os dados, realizar o pagamento e a empresa emitirá a passagem indicada.
Já quem quer vender milhas deve entrar no site e estabelecer por quanto quer vender cada lote de 1.000 milhas. A MaxMilhas dá sugestões de preços, com base em seu banco de ofertas. Após análises antifraudes da startup, sua oferta ficará disponível para compradores no site. O vendedor recebe o dinheiro da venda das milhas em sua conta bancária em até 20 dias corridos após a emissão da passagem.
Já pensou em ganhar dinheiro dando a sua opinião sobre produtos e serviços? Essa é a proposta da PiniOn. O cadastro é gratuito. é preciso ser maior de 18 anos e possuir conta corrente, poupança ou conta PayPal nacional.
São três possibilidades de ganhar dinheiro na plataforma, que são chamadas de "missões". A primeira é a pesquisa. É preciso responder perguntas sobre marcas, produtos e serviços, diretamente pelo seu celular ou computador.
A segunda é monitoramento. É preciso identificar produtos em pontos de venda como farmácias e supermercados, compartilhando informações sobre preços, comunicação e concorrência.
Já a terceira é fazer o papel de cliente oculto, realizando uma experiência de compra em uma loja ou restaurante, compartilhando sua impressão sobre diversos fatores como atendimento, serviço e ambiente.
É possível sacar seu saldo no aplicativo PiniOn tanto via transferência bancária (a partir de 30 reais), como por transferência Paypal (valor mínimo de 20 reais). Só não é possível sacar partes de seu saldo (todo saque é total) e não é possível transferir valores para dentro do aplicativo.
Tirar e vender as próprias fotos não é algo restrito a fotógrafos profissionais. Serviços como o Foap permitem que usuários comuns, munidos de um smartphone, façam o upload de imagens em uma loja virtual e lucrem com elas.
A ideia do serviço, criado em 2012, é ajudar mesmo amadores a monetizar o trabalho. Cada foto postada por um usuário cadastrado entra em uma fila de avaliação e, se aprovada pela comunidade, vai para a loja —o processo todo deve levar cerca de 4 horas.
Nela, a imagem passa a ser vendida por 10 dólares, e a cada compra, o fotógrafo ganha metade desse valor. Como o sistema é baseado nas atividades da rede de usuários, uma nova imagem só entra na fila depois que o dono dela avaliar cinco fotos de outras pessoas.
Dessa forma, o portfólio se mantém sempre renovado, e ainda cria-se uma forma de evitar que imagens de conteúdo explícito invadam o mercado do Foap.
Tem um conhecido ou parente que é dono de uma pequena empresa, mas está com dificuldade de conseguir um empréstimo no banco e, como consequência, seguir em frente com o negócio? Você pode ganhar dinheiro ajudando essas pessoas a conseguir um financiamento.
É o que propõe a fintech de crédito Nexoos, que resolveu expandir sua operação por meio de pessoas que podem ganhar dinheiro apenas indicando empresas para se financiar por meio da plataforma.
A Nexoos trabalha no modelo chamado “peer to peer lending”. Ou seja, reúne 20 mil investidores pessoas físicas que, juntos, financiam empresas e projetos, recebendo em troca juros.
Para ser um consultor na plataforma, não é necessário ter nenhuma especialização ou pré-requisito, basta completar um cadastro no site da empresa informando, além de dados pessoais, o nome da pequena empresa, nome do proprietário e telefone de contato. É possível indicar mais de uma empresa.
Caso o empréstimo para a empresa seja aprovado na plataforma, o consultor ganha uma taxa referente a 0,5% do valor financiado, apenas por ter indicado o contato.
Os apartamentos estão ficando cada vez menores, enquanto os preços dos aluguéis aumentam. O resultado é um metro quadrado cada vez mais valorizado, principalmente em bairros bem localizados. Então por que não utilizar o espaço ocioso em casas e apartamentos para garantir uma renda extra?
É o que propõe a Wistor, plataforma de compartilhamento de espaço físico para guardar móveis, bens pessoais e mercadorias. Tanto o espaço de cômodos diversos como o de garagens podem ser anunciados no site.
Qualquer pessoa pode anunciar o espaço que tem de sobra no site. Dessa forma, é possível encontrar preços mais baixos ou, pelo menos, mais opções de preços em cada região.
Franz Bories, cofundador da Wistor, explica que o site recebe 15% de comissão sobre os aluguéis a cada mês. A taxa inclui suporte de advogados no caso de pequenas desavenças entre locatário e inquilino e uma cobertura de até mil reais para pequenas avarias nos objetos guardados.
A empresa ainda não oferece um seguro contra roubo, por exemplo. Mas a ideia é fazer, no futuro, uma parceria com uma seguradora, diz o executivo.
Antes de qualquer usuário ser aprovado na plataforma, seu perfil passa por uma análise, que envolve antecedentes criminais. No contrato, há a ressalva de que as mercadorias estocadas não podem conter objetos ilegais ou perecíveis. O usuário também encontra a observação de que retirada dos objetos ou visitas devem ser comunicadas pela plataforma.
O site e app Mova Mais incentiva as pessoas a se exercitar diariamente com recompensas em um programa de benefícios (Multiplus). A lógica é a mesma adotada pelos programas de fidelidade de cartões de crédito —a diferença é que em vez de premiar os maiores consumidores, o programa beneficia quem se exercitar mais.
A plataforma funciona no segundo plano do celular e extrai os dados de apps de saúde como RunKepper, Map My Run e Strava, todos parceiros do Mova Mais. Desse modo, o usuário precisa apenas permitir a coleta de dados do Mova Mais no programa utilizado.
Para acumular pontos, o usuário precisa fazer 30 minutos de atividades físicas por dia. Caso ele mantenha uma sequência de vários dias, ganhará pontos extra. No entanto, após três dias sem monitorar suas atividades, o usuário perde esse “combo”.
Dez pontos Mova Mais equivalem a um ponto Multiplus —a empresa diz em seu site que deve firmar parcerias com outros programas de fidelidade em breve. O prazo para creditação dos pontos do Mova Mais na conta Multiplus do usuário é de até 15 dias úteis.