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10 corretoras recomendam dividendos para março

Carteiras de ações boas pagadoras de dividendos superam desempenho do Ibovespa em fevereiro


	Telefônica: Empresa foi uma das mais sugeridas pelas corretoras para março
 (REUTERS/Susana Vera)

Telefônica: Empresa foi uma das mais sugeridas pelas corretoras para março (REUTERS/Susana Vera)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 09h36.

São Paulo – As ações boas pagadoras de dividendos costumam se sair bem em cenários de crise. Por isso, em fevereiro, a maior parte das carteiras recomendadas de dividendos teve performance acima do Ibovespa, principal índice de referência da Bolsa, que registrou queda de 3,91% no mês.

As ações que pagam bons dividendos (lucros das companhias que são repassados aos acionistas) geralmente são de empresas líderes de mercado ou que atuam em segmentos com demanda estável. Por essas características, essas companhias não sofrem como aquelas mais influenciadas pelo ambiente macroeconômico. Além disso, a geralmente baixa necessidade de reinvestimento no negócio faz com que essas empresas mais defensivas consigam repassar boa parte de seus lucros aos acionistas.

Essas empresas costumam se concentrar em setores de utilidade pública, como saneamento e energia (cuja demanda não se modifica diante de crises) e telefonia, bem como nos setores financeiro e de consumo inelástico, como fabricantes de bebidas alcoólicas e cigarros.

Os riscos de intervenção do governo no setor elétrico ainda são bastante comentados pelas corretoras, que não têm recomendado esse tipo de ação como antes. Para março, portanto, as corretoras concentraram suas recomendações em empresas líderes de mercado, como a Ambev; empresas do setor financeiro, com destaque para o Banco do Brasil; e ações do setor de telefonia, dentro do qual se evidenciou a Telefônica, sugerida em quase todas as carteiras, sobretudo pela sua maior atratividade em relação a outras empresas do setor e pela recente divulgação de resultados positivos.

Veja a seguir as ações boas pagadoras de dividendos recomendadas pelas corretoras:

Ágora Corretora / Bradesco

Em fevereiro, a carteira de dividendos da Ágora/Bradesco teve queda de 0,3%, mas no ano acumula alta de 5,1%.

Não houve alterações entre os papéis sugeridos para março.

Os analistas apenas comentaram as recomendações mantidas na carteira. Sobre a Ambev, eles afirmaram que pela solidez da empresa e pela força de suas marcas, mesmo com o anúncio do aumento de impostos para o setor de bebidas em 2012, a companhia continuará crescendo. A respeito da BM&FBovespa, os analistas acreditam que a ação pode se beneficiar de uma possível melhoria do ambiente no mercado de ações, diante do crescimento da renda da população e do atual patamar da Selic, que se encontra no menor nível histórico, entre outros fatores.

A Contax, líder no mercado de call center, continua na carteira pela crença de que o segmento deve ter forte crescimento no Brasil e na América Latina. A Sabesp, por sua vez, é recomendada porque deve se beneficiar pela revisão tarifária que deve ocorrer em março e que, segundo os analistas, deve apresentar reajustes acima do esperado. Por fim, a recomendação da Telefônica segue porque a empresa ainda deve tirar mais proveito da integração entre a Vivo e a Telesp e também porque suas características de liderança de mercado, baixo nível de endividamento e baixa necessidade de investimento permitem que ela continue distribuindo bons dividendos.

Ação Código Preço-alvo (dez/2013) Yield estimado (dez/2013)
Ambev AMBV4 R$ 96,40 3,30%
BM&FBovespa BVMF3 R$ 16,00 4,10%
Contax CTAX4 R$ 31,00 6,00%
Sabesp SBSP3 R$ 131,80 3,20%
Telefônica (Vivo) VIVT4 R$ 55,50 8,30%

Ativa

A carteira defensiva da Ativa apresentou um desempenho acima do Ibovespa, com valorização de 2,37% em fevereiro. E no ano, a carteira acumula alta de 5,20%.

Papéis incluídos: Telefônica. Papéis retirados: CCR.

No relatório mensal da corretora, os analistas afirmam que incluíram as ações da Telefônica na carteira por se tratar de uma companhia com forte geração de caixa e alto pagamento de dividendos. Eles comentam que o último resultado da empresa mostrou uma considerável redução de sua alavancagem, com uma melhor relação entre sua dívida líquida e seu Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda). Este é um ponto positivo, já que agora a companhia encontra-se em uma posição mais favorável para realizar os investimentos necessários para crescer e oferecer maior qualidade em seus serviços, sem comprometer a remuneração dos acionistas. Os analistas também ressaltaram que a pressão regulatória foi reduzida e que a companhia é negociada com desconto em relação à concorrente Oi, apresentando um dividend yield de 7,2% projetado para 2013.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado (dez/2013)
Ambev AMBV4 ND ND
Cielo CIEL3 ND ND
Equatorial EQTL3 ND ND
Sabesp SBSP3 ND ND
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND 7,20%

Citi Corretora

A carteira Top Picks Dividendos apresentou alta de 0,43% em fevereiro.

Foram mantidas as mesmas recomendações de fevereiro para o mês março.

Os analistas comentaram que a Ambev permanece entre as sugestões porque a empresa tem uma característica defensiva, ou seja, não sofre tanto em momentos de crise, o que garante forte geração de caixa e distribuição regular de dividendos. Eles acreditam em um crescimento no volume de vendas e uma maior eficiência na gestão de custos operacionais da empresa neste ano, principalmente na divisão de cervejas. Sobre a CPFL, foi destacada a performance operacional superior à média do setor e o foco no crescimento do segmento de geração.

A Ultrapar é recomendada pelo seu caráter defensivo e pela previsibilidade de resultados. A CCR também mantém-se na carteira pelas boas perspectivas de crescimento, considerando o amplo portfólio de projetos de infraestrutura que irão a leilão nos próximos anos. A Telefônica também compõe a carteira por possuir um fluxo de caixa estável, possibilitado pela atuação no segmento de telefonia e pelas boas perspectivas em relação à sua atuação no mercado de telefonia móvel, no qual a companhia é líder de mercado.

Ação Código Preço-alvo (dez/2013) Yield estimado (dez/2013)
Ambev AMBV4 R$ 94,50 2,30%
CCR CCRO3 R$ 20,00 2,90%
CPFL CPFE3 R$ 20,80 6,80%
Ultrapar UGPA3 R$ 46,00 2,60%
Telefônica (Vivo) VIVT4 R$ 50,00 6,80%

Geral Investimentos

A carteira de dividendos da Geral Investimentos teve alta de 0,2% em fevereiro e no acumulado do ano apresenta alta de 4,1%.

Papéis incluídos: Ultrapar.

A carteira da Geral privilegia ações com elevadas perspectivas de pagamento de dividendos, além de estimativas de crescimento de lucros constantes. Segundo o relatório da corretora, a Ultrapar entrou na carteira sugerida de março por possuir uma sólida execução de sua estratégia sem perder o foco nos retornos. Além disso, os analistas ressaltam que a companhia tem um nível elevado de governança e o seu modelo de negócio tem uma característica de baixo risco e resiliência ao cenário macroeconômico.

Ação Código Preço-alvo Dividend Yield (dez/2013)
Ambev AMBV4 ND 3,40%
Brasil Insurance BRIN3 ND 4,80%
CCR CCRO3 ND 3,70%
Cemig CMIG4 ND 8,80%
Helbor HBOR3 ND 4,30%
JHSF JHSF3 ND 1,60%
Mahle Metal Leve LEVE3 ND 5,70%
Taesa TAEE11 ND 6,90%
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND 7,10%
Tractebel TBLE3 ND 5,10%
Ultrapar UGPA3 ND 2,40%

Omar Camargo

Em fevereiro, a carteira de dividendos da Omar Camargo registrou 0,48% de dividend yield e alta de 0,24% já com ajuste de distribuição para os acionistas.

Não houve alterações na carteira de março.

No relatório mensal, os analistas destacaram o anúncio de distribuição de dividendos complementares da AES Tietê, o que levou a um dividend yield de 2,41% para as ações preferenciais da empresa. A valorização da carteira também se deveu aos resultados acima das expectativas da Telefônica, cujas ações subiram 3,68%, e do Banco do Brasil, cujos papéis valorizaram 7,95%. O BB também anunciou a distribuição de dividendos. Suas ações terão o ajuste de preço no dia 4 de março, quando ficam "ex-proventos", ou seja, os acionistas que as comprarem a partir desta data não terão mais direito aos dividendos anunciados.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
AES Tietê GETI4 ND ND
Banco do Brasil BBAS3 ND ND
Coelce COCE5 ND ND
Oi OIBR4 ND ND
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND ND

Planner

A carteira de dividendos da Planner teve alta de 3,85% em fevereiro e apresenta valorização de 5,24% no acumulado do ano.

Papéis incluídos: Contax, Hering e Itaú Unibanco. Papéis retirados: AES Tietê, Banrisul e Cielo.

Os analistas comentam que incluíram as ações da Hering porque, apesar do fraco desempenho financeiro no quatro trimestre de 2012, que já havia sido precificado pelo mercado, fatores que afetaram negativamente seu resultado no ano passado não devem ocorrer em 2013. Além disso, a empresa deliberará distribuição adicional de dividendos em agosto, no montante de 119,9 milhões de reais, valor equivalente a aproximadamente 0,73 real por ação e yield de 1,9%.

A Contax, por sua vez, apresentou lucro líquido de 13,8 milhões de reais (+3,6% a/a) no quatro trimestres de 2012, totalizando 44,5 milhões de reais no ano (+112,9% a/a) e afirmou que será proposta, em agosto, a distribuição de dividendos no montante de 100 milhões de reais, valor que equivale a 1,55 real por ação, representando dividend yield de 6,3%, com base na cotação de fechamento de 2012. E o Itaú Unibanco entra na carteira porque os analistas acreditam que o pior momento da inadimplência tenha passado e que o banco tem potencial de crescimento de suas receitas.

Ação Código Preço-alvo (dez/2013) Yield estimado (dez/2013)
Banco do Brasil BBAS3 R$ 31,30 5,70%
Contax CTAX3 R$ 30,00 6,10%
Hering HGTX3 R$ 52,70 3,90%
Itaú Unibanco ITUB4 R$ 40,20 4,00%
Taesa TAEE11 R$ 25,30 6,90%

Rico/Octo Investimentos

Em fevereiro, a Carteira Dividendos 8+ do Rico, home broker da Octo investimentos, apresentou queda de 0,69%.

Não houve alterações na carteira de março.

Segundo os analistas, para o mês de março, os comentários são bastante parecidos com os dos últimos meses: “As incertezas que pairam sobre o setor de energia elétrica, principalmente sobre aquelas empresas que estão em processo de renovação de concessões junto ao governo, continuaram”. Diante desse cenário, os analistas afirmam que ainda irão privilegiar empresas que não estão nesse processo ou sofrem menos com essas indefinições. Por isso irão manter a mesma carteira em março.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Banco do Brasil BBAS3 ND ND
Coelce COCE5 ND ND
Grendene GRND3 ND ND
Oi OIBR4 ND ND
Taesa TAEE11 ND ND
Tractebel TBLE3 ND ND
Vale VALE5 ND ND
Valid VLID3 ND ND

Souza Barros

A carteira de dividendos da Souza Barros teve uma queda de 0,24% em fevereiro e no acumulado do ano registra alta de 0,62%.

Como a carteira é trimestral, as recomendações de março são as mesmas de fevereiro.

Os critérios usados pela Souza Barros para as sugestões são liquidez, dividend yield maior que 3,5% no último ano e 7,0% nos últimos 24 meses, pagamento de dividendos constante nos últimos cinco anos e no máximo duas empresas por setor que se enquadrem nesses critérios.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Banco do Brasil BBAS3 ND ND
Bradespar BRAP4 ND ND
Cielo CIEL3 ND ND
Contax CTAX4 ND ND
CSN CSNA3 ND ND
Eternit ETER3 ND ND
Grendene GRND3 ND ND
Oi OIBR4 ND ND
Taesa TAEE11 ND ND
Telefônica Vivo VIVT4 ND ND

Um Investimentos

A carteira de dividendos da Um Investimentos apresentou queda de 1,11% em fevereiro.

Papéis incluídos: Natura. Papéis retirados: Ambev.

No mês de março, além da retirada da Ambev e da inclusão da Natura foi elevada a participação de Cielo na carteira, de 8% para 18%. Segundo os analistas, a Natura entra na carteira porque a empresa está começando a aproveitar os benefícios dos programas criados para aumentar a produtividade das vendedoras, o que deve impulsionar as margens da companhia. Eles também ressaltam que, com a nova plataforma de logística, há um efeito positivo na qualidade de serviços.

Sobre a Cielo, os analistas comentam que a aquisição da empresa norte-americana Merchant e-Solutions (MeS), que possui portfólio completo de soluções de pagamentos, deve trazer sinergias para a empresa. Eles destacam também que a ação tem caráter defensivo frente à inflação, pois consegue capturar a inflação por meio das receitas obtidas através das credenciadoras

Ação Código Preço-alvo (dez/2013) Yield estimado (dez/2013)
CCR CCRO3 R$ 22,00 ND
Cielo CIEL3 R$ 67,50 ND
Grendene GRND3 R$ 21,00 ND
Lojas Renner LREN3 R$ 83,80 ND
Natura NATU3 R$ 59,10 ND

XP Investimentos

A Carteira XP Dividendos encerrou o mês de fevereiro com alta de 3,2% e no ano acumula uma expressiva valorização de 9%.

Papéis incluídos: Equatorial. Papéis retirados: Tractebel.

Segundo os analistas, a inclusão da Equatorial – que atua no setor de energia - ocorre em virtude da expectativa de bons resultados que a empresa pode obter pela recente aquisição da CELPA, distribuidora de energia que do Pará. Eles afirmam que, se por um lado a CELPA se encontra praticamente sucateada e apresenta um grande desafio, por outro ela abre uma grande oportunidade de transformação da empresa que, se for bem sucedido, elevará o patamar de lucros da Equatorial para próximo ao dobro do atual nos próximos anos. A Tractebel saiu da carteira justamente em virtude da entrada da Equatorial, que segundo os analistas tem mais potencial de valorização no longo prazo.

Ação Código Preço-alvo Yield estimado
Banrisul BRSR6 ND ND
Cielo CIEL3 ND ND
Equatorial EQTL3 ND ND
Taesa TAEE11 ND ND
Telefônica (Vivo) VIVT4 ND ND

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