O impacto das tarifas sobre o comércio chinês com os EUA levou a uma perspectiva sombria para as exportações da China. De acordo com uma análise do Capital Economics, se as tarifas forem mantidas, as exportações da China para os EUA podem cair pela metade nos próximos anos, mesmo com uma possível desvalorização do yuan para 8 por dólar. Essa redução nas exportações pode impactar o PIB chinês, com uma perda de até 1,5%, dependendo de como os fluxos comerciais sejam redirecionados.
Apesar da pressão da guerra comercial, o banco central da China, o People's Bank of China (PBOC), tem atuado para limitar uma queda acentuada da moeda. O PBOC estabeleceu a taxa de referência do yuan a 7,2066 por dólar, o menor valor desde setembro de 2023.
Embora o yuan tenha mostrado sinais de enfraquecimento, autoridades do país indicaram que não permitirão uma desvalorização drástica da moeda.
Segundo fontes com conhecimento direto da questão, o governo chinês está planejando medidas para estabilizar os mercados financeiros e fortalecer a economia, com reuniões agendadas para as próximas horas. Isso incluiria esforços para evitar a queda excessiva do yuan, como a intervenção de bancos estatais no mercado cambial, que foram observados vendendo dólares para conter o ritmo de desvalorização da moeda local.
Impacto das tarifas e incertezas no comércio global
Os efeitos das tarifas impostas pelos EUA, que afetam diretamente a relação comercial com a China, já são visíveis. A desvalorização do yuan, juntamente com o temor de uma desaceleração nas exportações, sugere que o impacto econômico será mais profundo do que o inicialmente previsto. Enquanto o governo chinês trabalha para conter os efeitos da guerra comercial, as incertezas sobre o futuro das tarifas continuam a dominar o cenário econômico global.