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XP busca precificar IPO em até R$ 20 bilhões, dizem fontes

Oferta pública inicial de ações da holding de investimentos está prevista para o final de maio ou junho

Bovespa: acionistas da XP podem vender uma participação indeterminada em uma colocação privada antes do IPO (Germano Lüders/Site Exame)

Bovespa: acionistas da XP podem vender uma participação indeterminada em uma colocação privada antes do IPO (Germano Lüders/Site Exame)

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Reuters

Publicado em 17 de março de 2017 às 14h23.

Última atualização em 17 de março de 2017 às 14h29.

São Paulo - A XP Holding Investimentos está buscando precificar sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) prevista para o final de maio ou junho em um intervalo de 12 bilhões a 20 bilhões de reais, afirmaram duas fontes com conhecimento direto do plano.

Dependendo da demanda dos investidores no período que antecede a oferta, os acionistas, liderados pelo fundo de investimento em participações norte-americano General Atlantic, podem vender uma participação indeterminada em uma colocação privada antes do IPO, disseram as fontes, pedindo não ser identificadas porque o assunto permanece privado.

Há interesse em uma venda privada de um grupo de investidores chamados âncora, disse uma das fontes, sem detalhar.

O XP está direcionando uma taxa de free-float, ou uma relação das ações em circulação, equivalente a 30 por cento do capital, acrescentaram as fontes.

Deixando outros investidores entrarem na XP antes do IPO poderia dar suporte para avaliação (valuation) da empresa, disse uma das fontes.

Os recursos servirão para fomentar o crescimento da XP em gestão de ativos, entre outros serviços financeiros, disseram as fontes.

A assessoria de imprensa XP não quis comentar, citando o período de silêncio relativo à transação. A General Atlantic, que tem 49 por cento de participação na empresa, também se recusou a comentar.

Fundada em 2001 pelo sócio e presidente Guilherme Benchimol como uma corretora de ações independente, a XP expandiu as operações para negociação de títulos e custódia, gestão de recursos e consultoria financeira, com as rivais encolhendo dramaticamente com a queda em taxas e na base de clientes.

O aumento da volatilidade e a menor atividade no mercado de ações e outros produtos financeiros provocaram anos de perdas para corretores independentes, ou sem vínculos com grupos de bancos comerciais, de acordo com dados do Banco Central.

Uma das fontes disse que a XP teve lucro líquido de cerca de 500 milhões de reais no ano passado. O dado não pôde ser verificado independentemente pela Reuters.

A XP contratou as unidades de banco de investimento do Morgan Stanley, do Grupo BTG Pactual, do JPMorgan Chase e do Itaú Unibanco para liderar a subscrição da oferta, disseram as fontes.

A empresa sediada em São Paulo, cuja unidade de corretagem fica no Rio de Janeiro, está no processo de escolher outros bancos para trabalharem no negócio, disseram as fontes. Um anúncio ocorrerá dentro de um mês, acrescentaram.

Os bancos não quiseram comentar.

 

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