O CEO da Wiz (WIZS3), Heverton Peixoto (WIZ/Exame)
A Wiz (WIZS3) divulgou nesta quinta-feira, 11, os resultados do segundo trimestre de 2022.
A receita líquida da Wiz subiu 83,9%, passando de R$ 113,2 milhões no segundo trimestre de 2021 para R$ 208,2 milhões no mesmo período desse ano.
No semestre, a receita líquida aumentou 86,1%, passando de R$ 204,7 milhões para R$ 381 milhões.
O lucro líquido da Wiz foi de R$ 57,3 milhões, em queda de 23,6% em relação ao mesmo período de 2021, quando tinha sido de R$ 75 milhões.
No semestre, a queda foi de 21,4%, passando de R$ 138,6 milhões nos primeiros seis meses do ano para R$ 138,6 milhões entre janeiro e junho de 2022.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de R$ 108,4 milhões, em queda de 3% em relação ao mesmo período de 2021, quando tinha sido de R$ 111,7 milhões.
A margem Ebitda passou de 62,4% nos primeiros seis meses de 2021 para 54,9% no mesmo período de 2022.
O desempenho do período foi impulsionado pelo forte desempenho na subsidiária Bmg Corretora, bem como pela Unidade BRB Seguros, que passou a fazer parte do portfólio de operações da Companhia no ano de 2022.
Essa Unidade adicionou R$107,5 milhões ao faturamento do Grupo Wiz, tendo atingido crescimento de 61,1% vs. o 1T22, primeiro trimestre de operação após parceria celebrada entre Wiz e Banco BRB
Para o CEO da Wiz, Heverton Peixoto, esse foi um trimestre muito positivo para a empresa, especialmente com uma receita bruta histórica, mesmo sem o contrato com a Caixa Econômica Federal.
"Estamos muito satisfeitos, há um ano atrás a gente tinha um contrato com a Caixa Econômica Federal, e aquele era o último trimestre que tínhamos a Caixa em nosso balanço. Esse é o primeiro trimestre que a Wiz cresce sem o contrato com o banco. Deixamos a Caixa de lado", salientou Peixoto em entrevista exclusiva à EXAME.
Para o executivo, que salientou a capacidade de turnaround da empresa, os planos de deixar a Wiz maior de quando tinha o contrato com a Caixa em 2023 foram antecipados para 2022.
"Conseguimos entregar uma margem muito elevada, mesmo se enxergamos como 'saudável' uma margem de 50%, que é nossa meta para os próximos meses", explicou Peixoto.
A Wiz assinou esse trimestre uma joint venture com o grupo varejista Polishop para criar uma nova corretora de seguros.
A nova empresa levará adiante uma comercialização de produtos de seguridade por meio dos canais de distribuição da Polishop, com exclusividade pelo prazo de 10 anos.
Para o CEO da Wiz, com o aumento da inadimplência e aumento do spread bancário por causa da conjuntura futura cada vez mais desafiadora, "os seguros vão aparecer fortes nos balanços como substituto das tarifas que foram tão comprimidas".
Segundo Peixoto, "essa parceria marca a entrada da Wiz no segmento de varejo, abrindo novas oportunidades à matriz estratégica da empresa".