WEG: após aquisição de US$ 400, papéis da WEGE3 lideram as altas do Ibovespa hoje (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de Invest
Publicado em 25 de setembro de 2023 às 15h08.
Última atualização em 25 de setembro de 2023 às 17h35.
As ações da WEG (WEGE3) lideraram as altas do Ibovespa nesta segunda-feira, 25. Antes da abertura do mercado, a companhia anunciou a aquisição de motores elétricos industriais e geradores da Regal Rexnord Corporation - transação de US$ 400 milhões que foi bem recebida pelos investidores.
No fechamento, os papéis da WEGE3 apresentaram uma alta de 4,63%, cotados a R$ 36,13. O Ibovespa, por outro lado, cedeu 0,07%, aos 115.925 pontos.
Marco Monteiro, analista CNPI da CM Capital, comenta que embora a compra de quase meio milhão de dólares possa gerar cautela de imediato, é o longo prazo que tem animado o mercado. “Num primeiro momento, sai esse alto valor do caixa, mas no longo prazo isso tende a ser benéfico para os investidores de WEG, considerando os lucros que poderão ser colhidos.”
A exemplo disso, os analistas do Santander projetam que a aquisição poderá gerar até R$ 8 bilhões em valor patrimonial, ou aproximadamente 5% do valor de mercado atual da WEG. Junto a isso, a transação inclui dez fábricas em sete países, incluindo Estados Unidos, México, China e Índia, e um montante de 2,8 mil funcionários em todo o mundo.
“Em 2022, esses negócios da Regal registraram receita líquida de aproximadamente US$ 540 milhões e margem EBITDA de 9,5%. Isso se traduziria em acréscimo de receita de 8% e EBITDA de 4% para a WEG”, escrevem em relatório.
Além disso, o banco elencou outros fatores que reforçam que a transição é positiva, sendo eles:
Apesar disso, o Santander mantém a recomendação neutra sobre a compra de WEGE3. Outro banco a manter a mesma classificação é o Goldman Sachs, que também reforça que a aquisição é positiva para a companhia.
“Vemos a notícia de hoje como positiva estrategicamente, pois pode levar a WEG a expandir ainda mais sua exposição a mercados com moeda forte, diversificando seu portfólio de vendas e protegendo ainda mais a empresa da volatilidade macroeconômica do Brasil”, afirmam os analistas do banco americano.