Redatora na Exame
Publicado em 24 de fevereiro de 2025 às 08h12.
Warren Buffett trouxe quatro conselhos aos investidores, em sua famosa carta anual aos acionistas da Berkshire Hathaway, que a Business Insider teve acesso.
A carta do bilionário de 94 anos, publicada no último sábado, 22, foi além do mercado financeiro e trouxe princípios para guiar os investidores a tomarem melhores decisões em prol do próprio aprendizado e crescimento.
Para Buffet, a maneira como se encara os desafios na vida e as escolhas que tomamos em frente a eles fazem toda a diferença no longo prazo. Confira as orientações:
Para Buffett "o pecado capital é atrasar a correção dos erros". O bilionário sinalizou que muitos dos erros cometidos por ele vieram por uma avaliação incorreta da economia futura das empresas que comprou para a Berkshire Hathaway. Além da contratação de gerentes errados, que calcularam mal suas habilidades ou lealdade à organização.
Ao reconhecer os erros, também se reconhece o poder de grandes vitórias, de acordo com a perspectiva de Buffett. Para ele, erros podem desaparecer e os vencedores podem florescer para sempre.
Ao lembrar de momentos importantes de seu império — como a aquisição estratégica da GEICO e a decisão de trazer o ex-consultor da McKinsey, Ajit Jain, para a gestão —, o bilionário escreveu: "Nossa experiência é que uma única decisão vencedora pode fazer uma diferença impressionante ao longo do tempo."
Ao falar sobre formação educacional, Buffett aconselhou nunca olhar as instituições de ensino onde os candidatos tenham estudado, apontando o caso de Pete Liegl, fundador e gerente da Forest River, como exemplo.
A empresa foi adquirida pela Berkshire Hathaway em 2005, e nos 19 anos seguintes à aquisição, Buffett disse que Liegl superou "em muito" seus concorrentes em desempenho.
"Há grandes gerentes que frequentaram as escolas mais famosas. Mas há muitos, como Pete, que podem ter se beneficiado por frequentar uma instituição menos prestigiosa ou mesmo por não se preocuparem em terminar a escola."
Buffett finalizou destacando que desde a fundação do país, era preciso que muitos americanos economizassem e aplicassem sabiamente o capital poupado. "Se a América tivesse consumido tudo o que produziu, o país estaria girando suas rodas."
Segundo o bilionário, os acionistas da Berkshire Hathaway que reinvestiram os dividendos, ao em vez de consumi-los, participaram do que chamou de "milagre americano".
"Nunca se esqueçam de que precisamos que vocês mantenham uma moeda estável e esse resultado exige sabedoria e vigilância de sua parte."