Wall Street fecha em baixa afetada por alta do dólar e recuo dos bancos (AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de outubro de 2010 às 18h56.
Nova York - A bolsa de Nova York fechou em baixa esta terça-feira, afetada pelo fortalecimento do dólar, o recuo dos valores financeiros e alguns resultados de empresas recebidos com frieza: o índice Dow Jones perdeu 1,48%, abaixo dos 11.000 pontos e o Nasdaq, 1,76%.
Segundo números definitivos do fechamento, o Dow Jones Industrial Average perdeu 165,07 pontos a 10.978,62, e o Nasdaq, de alto componente tecnológico, caiu 43,71 pontos a 2.436,95 pontos.
O índice ampliado Standard & Poor's 500 perdeu 1,59% (18,81 pontos), com 1.165,90 pontos.
Os índices estiveram no vermelho desde a abertura, afetados por um claro fortalecimento do dólar, que acompanhou o surpreendente anúncio da alta das taxas de juros na China.
"Os movimentos do dólar estão direta e inversamente relacionados com a atividade do mercado", disse Marc Pado, da Cantor Fitzgerald, lembrando que durante seis semanas, a queda da moeda americana havia alimentado não só a alta nos mercados de matérias-primas, mas também a "das ações de energia ou mineradoras, títulos de grandes multinacionais e inclusive pequenas empresas no âmbito do gosto pelo risco".
Estes setores também foram os mais prejudicados esta terça-feira em Wall Street. Os valores tecnológicos registraram importantes perdas, apesar dos resultados melhores do que o esperado dos pesos-pesados do setor: IBM e Apple.
A maior baixa de índices foi a do Bank of America (-4,38% a 11,80 dólares).
À tarde, a rede de informações financeiras CNBC anunciou que o BoA foi processado por um consórcio integrado pelo braço nova-iorquino do Federal Reserve (Fed, Banco Central americano) e oito firmas de investimento em títulos vinculados a empréstimos hipotecários.
"A incerteza será o maior catalizador da direção que o setor financeiro tomará nos próximos meses", observou Marc Pado.
O mercado de obrigações subiu. O rendimento do bônus do Tesouro com 10 anos de prazo caiu para 2,475% contra 2,491% na noite de segunda-feira e o dos títulos com 30 anos a 3,902% contra 3,927%. O rendimento das obrigações evolui em sentido oposto aos seus preços.