A semana nas bolsas de Nova York começa com avaliação dos danos do furação Irene (Spencer Platt/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2011 às 12h58.
Nova York - A Bolsa de Nova York, que ganhou nas últimas sessões uma nova injeção de ânimo após um mês de crise, terá pela frente, na próxima semana, uma série de indicadores importantes e poderá ter seus negócios interrompidos na segunda-feira devido à passagem do furacão Irene por Nova York.
A semana começará com a avaliação dos danos na costa leste dos Estados Unidos, por onde o furacão deve passar durante o fim de semana. O New York Stock Exchange, no entanto, disse que fará todo o possível para que o mercado opere normalmente.
Já na segunda-feira serão publicados os gastos com moradias (julho), assim como as perspectivas de vendas de moradias (agosto), e na terça-feira será publicado o índice de confiança dos consumidores.
Na quarta-feira, serão conhecidas as cifras da atividade industrial na região de Chicago (agosto) e os pedidos industriais (julho); enquanto que na quinta-feira serão divulgadas as cifras de produtividade do segundo trimestre, assim como o índice ISM da atividade industrial para agosto.
Por fim, na sexta-feira será publicado o índice ISM de serviços e as estatísticas oficiais de agosto sobre o emprego, principal dado da semana.
Segundo especialistas, há expectativa de continuidade de ganhos após o discurso desta sexta-feira do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que fez previsões mais otimistas que as anteriores sobre o crescimento americano.
"Claro que ainda é muito cedo para nos alegrarmos, mas vemos claramente que a confiança do mercado está sendo reconstruída", disse Hugh Johnson, da Hugh Johnson Advisors.
Na semana, o Dow Jones subiu 4,32%, encerrando a sexta-feira a 11.284,54 pontos. O termômetro da tecnologia, Nasdaq, subiu 5,89%, a 2.479,85 pontos, e o índice ampliado Standard and Poor's 500 obteve alta de 4,74%, a 1.176,80 pontos.
"Nos demos conta de que talvez tenhamos exagerado sobre os riscos de uma recessão", disse Gregori Volokhine, de Meeschaert Capital Markets. "A baixa foi tão exagerada que é normal que se registrem altas e que haja uma estabilidade a níveis mais altos", completou.
Os investidores passaram a semana à espera do discurso desta sexta-feira de Bernanke e especulavam sobre o anúncio de novas medidas de incentivo econômico, principalmente após dados ruins sobre crescimento.
Para muitos dos operadores, Bernanke deixou uma mensagem clara de que é a favor da adoção de novas medidas monetárias para reativar a economia, principalmente por anunciar o aumento de um para dois dias sobre a duração da reunião do banco central de setembro.
Segundo Bernanke, "as bases do crescimento" seguem presentes nos Estados Unidos.