Goldman Sachs anuncia a sua saída da Rússia em razão do ataque militar à Ucrânia (Scott Eells/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2022 às 17h54.
Última atualização em 10 de março de 2022 às 18h20.
A onda de empresas americanas e globais que está deixando a Rússia em reação à invasão e à guerra contra a Ucrânia acaba de ganhar um reforço de peso: o Goldman Sachs. É o primeiro dos grandes bancos de investimento de Wall Street a aderir ao movimento.
O Goldman anunciou que vai encerrar seus negócios na Rússia, cuja exposição era de 1,6 bilhão de francos suíços (cerca de US$ 1,73 bilhão) ao fim de 2021.
"O Goldman Sachs está encerrando seus negócios na Rússia em conformidade com os requisitos regulatórios e de licenciamento", disse o banco em comunicado, segundo a Reuters.
A exposição a crédito chegava a US$ 650 milhões, mas o banco de investimento disse que as perdas seriam "imateriais".
Segundo especialistas, a decisão do Goldman Sachs deve aumentar a pressão sobre os demais bancos de investimento de Wall Street, como o Citigroup, o Bank of America e o Morgan Stanley.
O JPMorgan também anunciou sua decisão de encerrar as operações na Rússia nesta quinta, depois do Goldman.
Bancos europeus de investimento, como Credit Suisse e BNP Paribas, estão informando ao mercado perdas relacionadas a operações com clientes russos, de áreas como as de wealth management.
Uma série de companhias emblemáticas de outros setores, como Coca-Cola, McDonald's, Ford e Nike, anunciou nos últimos dias que vai suspender suas operações na Rússia, em retaliação ao ataque militar do governo de Vladimir Putin.
(Com a Reuters)