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Visita da S&P reforça temor de novo rebaixamento

A agência de risco desembarca no Brasil para uma nova análise do quadro político e econômico do país.Veja os detalhes.

Prédio da Standard %26 Poor's em Nova York 05/02/2013 (Brendan McDermid/REUTERS)

Prédio da Standard %26 Poor's em Nova York 05/02/2013 (Brendan McDermid/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2015 às 08h35.

Brasília - Na semana decisiva para o governo, com a votação do projeto que altera a meta fiscal de 2015, uma missão da agência de classificação de risco Standard & Poor's desembarca no Brasil para uma nova análise do quadro político e econômico do país.

A chegada dos analistas da S&P surpreendeu negativamente o mercado financeiro, e ocorre menos de dois meses depois de a agência ter retirado o grau de investimento - o selo de bom pagador -, colocando a nota do País em grau especulativo para os investidores.

Como o viés da nota do Brasil está negativo, a percepção foi a de que aumentou o risco de um novo rebaixamento do País em meio ao agravamento da crise brasileira, com a prisão do senador Delcídio Amaral (PT-MS), um dos principais negociadores das medidas econômicas no Congresso.

O viés negativo do rating indica que o próximo movimento da agência será um novo rebaixamento. O viés positivo, ao contrário, sinaliza uma melhora. E, o estável, sem perspectiva de movimentação. Em setembro, junto com a perda do grau de investimento, a S&P também estabeleceu o viés negativo, sinalizando que não conta com uma melhora do quadro econômico no País.

A divulgação ontem da informação da chegada da S&P ajudou na disparada do dólar, principalmente porque a agência já tinha feito este ano a avaliação da nota brasileira. Se a agência entender que há uma deterioração muito rápida da perspectiva econômica, a expectativa é de ocorrer uma aceleração do processo movimentação da nota na direção do rebaixamento.

Esse risco está no radar do Ministério da Fazenda, segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. No rastro da S&P, as outras duas principais agências - Fitch e Moody's - também podem retirar o grau de investimento.

Pelo contrato de serviço do governo brasileiro com a S&P, a agência tem de vir ao País uma vez ao ano, mas nada impede mais visitas. Desta vez, a diretora-gerente de ratings soberanos da S&P, Lisa Schineller, resolveu fazer uma nova análise. Desde o rebaixamento, a situação de recessão e fiscal do País piorou com a perspectiva de déficit de R$ 120 bilhões em 2015 e de aprofundamento da recessão em 2015 e 2016.

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