Segundo maior banco privado do país encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de 2,7 bilhões de reais (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2011 às 08h08.
São Paulo - A temporada brasileira de balanços corporativos ganha fôlego nesta quarta-feira, com destaque para os resultados de Bradesco, Natura e Redecard, enquanto a pauta macroeconômica ressalta dados de crédito do país.
De acordo com dados já divulgados, o segundo maior banco privado do país, encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de 2,7 bilhões de reais, um crescimento de 28,5 por cento ante igual período do ano passado, impulsionado por uma expansão de mais de 20 por cento nos empréstimos. Em bases recorrentes, o lucro foi de 2,74 bilhões de reais, crescimento anual de 27,5 por cento. A previsão média de seis analistas ouvidos pela Reuters apontava para lucro excluindo efeitos extraordinários de 2,715 bilhões de reais.
Mas o clima de expectativa verificado no exterior para o discurso do chairman do Federal Reserve deve reverberar nos negócios locais. Ben Bernanke cumprirá um ritual pela primeira vez em 97 anos de história do Fed ao realizar coletiva de imprensa após uma reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto do banco central dos Estados Unidos. E como não se espera grandes novidades para a decisão da autoridade monetária em si, o foco estará nas palavras de seu dirigente.
A expectativa é de que o Bernanke reafirme que o Fed não tem pressa quanto a um aperto monetário e isso enfraquecia o dólar globalmente nesta manhã, com o índice DXY, que mede o valor da moeda norte-americana ante uma cesta com as principais divisas mundiais, em queda de 0,12 por cento às 7h40. O euro apreciava-se 0,14 por cento, a 1,4668 dólar. Ante o iene, contudo, o dólar avançava 0,85 por cento, a 82,23 ienes.
Mas o movimento em relação à divisa japonesa encontra outra explicação: a S&P ameaçou rebaixar o rating do Japão ao reduzir a perspectiva da nota AA- do país de estável para negativa, alertando que o terremoto que devastou a nação irá prejudicar ainda mais as já fracas finanças públicas, a menos que os políticos cheguem a um acordo para elevar impostos.
O índice acionário Nikkei, por sua vez, fechou o pregão em Tóquio com elevação de 1,39 por cento, amparado por resultados trimestrais melhores do que o esperado. O índice MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão também avançava, mas menos, 0,10 por cento. O índice da bolsa de Xangai, porém, cedeu 0,46 por cento, em meio a rumores de novas medidas para o setor imobiliário.
Nos EUA, o contrato futuro do S&P-500 subia 0,28 por cento --3,80 pontos. Além da decisão do Fed, dados norte-americanos sobre encomendas de bens-duráveis e atividade manufatureira regional estão no radar de investidores, enquanto a cena corporativa inclui os balanços de Boeing e eBay. Na Europa, o FTSEurofirst 300 ganhava 0,42 por cento.
Entre as commodities, o petróleo valorizava-se 0,37 por cento, a 112,61 dólares o barril, nas operações eletrônicas em Nova York.