Pontofrio, da Viavarejo: em 13 de maio, a família Klein divulgou que pretendia vender aproximadamente de um terço de sua participação na companhia (Lia Lubambo/EXAME)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2013 às 10h52.
São Paulo - A Viavarejo, empresa do Grupo Pão de Açúcar que administra as redes de eletroeletrônicos Casas Bahia e Ponto Frio, vai abrir o capital na bolsa de valores. Essa intenção foi anunciada no mês passado, depois que a família Klein, acionista da companhia, decidiu vender parte de suas ações no mercado.
A Oferta Pública de Ações (IPO, na sigla em inglês) será estruturada em conjunto com bancos, e o Conselho de Administração da Viavarejo, ao aprovar a operação, na quinta-feira, 13, sugeriu a contratação do Credit Suisse e do Bradesco BBI para montar a oferta. As ações da Viavarejo serão listadas no segmento nível 2 de práticas diferenciadas de governança corporativa da BM&F Bovespa.
Em 13 de maio, a família Klein divulgou que pretendia vender aproximadamente de um terço de sua participação na companhia. Segundo fato relevante divulgado na época, a oferta seria de 53,7 milhões de ações de titularidade do grupo Casas Bahia, o que representa quase 16% do capital social da Viavarejo.
Hoje, a companhia tem apenas 0,59% de suas ações negociadas no mercado. O restante está nas mãos do Pão de Açúcar (52,4%) e da própria família Klein (47%). É parte dessa fatia que os fundadores da Casas Bahia querem vender por meio de uma oferta pública. Como a companhia está sendo avaliada pelos bancos em aproximadamente R$ 12 bilhões, a operação renderia aos Klein algo em torno de R$ 2 bilhões.
A decisão de se desfazer de parte das ações da Viavarejo indica uma mudança inesperada na estratégia da família, que vinha tentando comprar a parte do Pão de Açúcar no negócio e recuperar o controle da empresa.
No fim de 2012, o empresário Michael Klein propôs a Jean-Charles Naouri, presidente do Casino, aumentar a fatia da família na Viavarejo de 47% para 70% ou 75%.
O Casino controla no Brasil o Grupo Pão de Açúcar, que por sua vez é sócio dos Klein na Viavarejo. Antes disso, em julho, os Klein já tinham falado em comprar mais de 5% da empresa - o que lhes daria o controle da operação. O Casino não aceitou nenhuma das propostas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.