Via Varejo: proposta implica unificar as ações da empresa numa única classe de papéis, todos ordinários, com direito a voto (Alexandre Battibugli/Exame)
Reuters
Publicado em 23 de julho de 2018 às 19h35.
Última atualização em 23 de julho de 2018 às 20h06.
São Paulo - A Via Varejo, braço de comércio de móveis e eletrodomésticos do GPA, informou nesta segunda-feira que seu conselho de administração aprovou proposta de listar as ações da empresa no Novo Mercado, segmento da B3 com as regras mais rigorosas de governança corporativa.
Em comunicado, a Via Varejo afirmou que a proposta visa aelevar seus níveis de governança e de transparência, além de aumentar liquidez das ações no mercado.
A proposta implica unificar as ações da empresa numa única classe de papéis, todos ordinários, com direito a voto. Atualmente, a empresa é negociada no mercado por meio de units, recibos que representam uma combinação de uma ação ordinária e duas preferenciais.
O anúncio acontece cerca de um ano e meio depois que o GPA anunciou intenção de GPA se desfazer da Via Varejo, para focar em varejo alimentar. A Via Varejo detém as bandeiras Pontofrio e Casas Bahia.
O grupo passou em fevereiro por um troca de comando, com Flávio Dias assumindo como presidente da Via Varejo no lugar de Peter Estermann, que assumiu a presidência do GPA.
Nos últimos anos, uma série de grandes empresas listadas no segmento tradicional ou no Nível 1 da B3, segmento com regras mais brandas de governança, migrou para o Novo Mercado, incluindo a Vale, a Suzano e a Eletropaulo.
Em 2018, as units da Via Varejo acumulam baixa de mais de 20 por cento, na contramão de rivais como B2W e Magazine Luiza, que já subiram cerca de 45 e 62 por cento, respectivamente, desde o começo do ano.