Dinheiro: número total de investidores atingiu mais de 5 milhões (Dihandra Pinheiro/Getty Images)
Agência Brasil
Publicado em 25 de outubro de 2019 às 13h59.
Última atualização em 28 de outubro de 2019 às 10h36.
São Paulo — As vendas do Tesouro Direto superaram os resgates em R$ 302,6 milhões em setembro. De acordo com os dados do Tesouro Nacional, divulgados hoje (25), em Brasília, as vendas do programa atingiram R$ 1,923 bilhão no mês passado. Já os resgates somaram R$ 1,620 bilhão.
Todos os resgates são de recompras de títulos públicos. Não houve resgates relativos a vencimentos, ou seja, quando o prazo do título acaba, e o Tesouro precisa reembolsar o investidor com juros. Os títulos mais procurados pelos investidores foram os vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia), cuja participação nas vendas atingiu 50,2%.
Os títulos corrigidos pela inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA) corresponderam a 30,5% do total das vendas, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, foram 19,2%.
O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 58,8 bilhões no fim de setembro, um aumento de 1,1% em relação a agosto (R$ 58,1 bilhões) e de 13,9% em relação a setembro do ano passado (R$ 51,6 bilhões).
Em relação ao número de investidores, 197.916 novos participantes se cadastraram no programa no mês passado. O número total de investidores atingiu 5.001.226. Nos últimos 12 meses, o número de investidores acumula alta de 88%. O total de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 1.152.019, aumento de 65,4% em 12 meses.
A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas até R$ 5 mil. Foram realizadas em setembro 427.293 operações de venda de títulos a investidores, sendo que 86,7% correspondem a essa faixa de investimento. O valor médio por operação foi de R$ 4.501,29.
Os investidores estão preferindo papéis de médio prazo. As vendas de títulos com prazo entre 5 e 10 anos representaram 69,0% e aquelas com prazo entre 1 e 5 anos, 11,2%. Os papeis de mais de dez anos de prazo representaram 19,8% das vendas.
O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros.
O aplicador só precisa pagar uma taxa para a corretora responsável pela custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.
A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis prefixados.