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Venda bem-sucedida de bônus da dívida soberana alemã a 5 anos

O desempenho dos Bobl, nome destes bônus, suscitou muita expectativa, após as dificuldades registradas pela maior economia europeia

A taxa média foi de 1,11%, em leve alta em relação à última operação deste tipo
 (Frank Rumpenhorst/AFP)

A taxa média foi de 1,11%, em leve alta em relação à última operação deste tipo (Frank Rumpenhorst/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2011 às 09h40.

Frankfurt - A Alemanha colocou à venda com sucesso nesta quarta-feira bônus de dívida a cinco anos, segundo os resultados da operação publicados pelo Bundesbank que refletiram uma demanda amplamente superior à oferta (8,76 bilhões de euros, contra 5 bilhões oferecidos).

O desempenho dos Bobl, nome destes bônus alemães a cinco anos, suscitou muita expectativa, após as dificuldades registradas pela maior economia europeia e uma das mais solventes para colocar no mercado bônus de dívida soberana a dez anos há duas semanas.

Cerca de 4,09 bilhões de euros foram alocados e a Agência financeira, que administra a dívida do país, conservou como de costume uma parte dos bônus para o mercado secundário.

A taxa média foi de 1,11%, em leve alta em relação à última operação deste tipo, que fez no início de novembro com uma taxa de 1%.

"Para o emissor, o Estado alemão, o resultado pode ser classificado como muito bom", comentou um porta-voz da Agência financeira. "Os investidores buscam e têm confiança na qualidade do emissor de referência da Eurozona", considerou.

No dia 23 de novembro, a Alemanha, cuja dívida serve como referência e viu suas taxas alcançarem o mais baixo nível histórico quando as de seus sócios não deixam de aumentar, teve grandes dificuldades em colocar bônus Bund a dez anos.

"O incidente", como é qualificado pelos analistas do Commerzbank, causou grande repercussão e os investidores esperavam os resultados da operação desta quarta-feira para confirmar ou invalidar a tese de um contágio à Alemanha da crise da dívida.

O resultado desta quarta-feira corrobora a tese de um incidente pontual de natureza técnica.

Mas não deixa de lado o fato de que o ambiente nos mercados continua sendo "volátil e está caracterizado por uma grande incerteza", segundo o porta-voz da Agência financeira.

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